23 de dezembro de 2015
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O Brasil continua com a perspectiva de um aumento expressivo da produção de petróleo no médio prazo. O escândalo de corrupção na Petrobras e o preço baixo da commodity, no entanto, prejudicam o horizonte e a previsão de produção no PaÃs foi cortada pela Organização dos PaÃses Produtores de Petróleo (Opep). A entidade prevê que o Brasil chegará em 2020 com produção diária de 600 mil barris de petróleo e gás menor que a estimada há um ano. “A expectativa para a futura produção brasileira foi atingida pelo escândalo em curso na Petrobras. Inicialmente estimado em US$ 220 bilhões, o plano de investimento da Petrobras entre 2014 e 2018 tinha como objetivo alcançar 4,2 milhões de barris diários em 2020. O plano de negócios de 2015 a 2019 foi reduzido para US$ 130 bilhões, levando a meta de produção do governo para 2,8 milhões de barris”, diz o relatório anual da entidade. Há um ano,
a Opep previa que o Brasil encerraria 2020 com produção média de 4,1 milhões de barris diários de petróleo e gás (BDP). Agora, estima que a produção diária será de 3,5 milhões de barris. “A revisão para baixo é principalmente resultado do menor preço do petróleo e do recente escândalo que envolve a estatal Petrobras”, diz o relatório, ao explicar a queda de 600 mil barris diários. A Opep prevê que a produção média diária do Brasil deve passar dos 2,5 milhões de barris em 2015 para 2,6 milhões em 2016 e 2,8 milhões em 2017. A tendência de crescimento continua nos anos seguintes com a marca de 3 milhões de barris em 2018, 3,3 milhões de barris em 2019 e 3,5 milhões em 2020. O número previsto pelo cartel dos exportadores é maior que o citado pelo plano da Petrobras porque inclui a produção das outras empresas que operam no Brasil. Mesmo com o ajuste dos números previstos para o PaÃs, a Opep ressalta no documento que o Brasil continua sendo um dos produtores, com grande potencial de aumento da produção no médio prazo. A organização explica esse potencial especialmente pelas grandes descobertas do petróleo no pré-sal.