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25 de abril de 2016
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A presidente Dilma Rousseff avalia novas eleições, mesmo vencendo no Senado

Mesmo vencendo o julgamento final do impeachment no Senado, a presidente Dilma Rousseff sabe que pode ter que aceitar um proposta de antecipação da eleição presidencial para este ano. No entanto, segundo a Folha de S. Paulo, o PT tem feito pressão no Palácio do Planalto para apoiar a iniciativa antes, depois de um eventual afastamento temporário da presidente do cargo. Em conversas privadas, Dilma reconhece que ficar até 180 dias afastada e ser substituída por Michel Temer, tornariam suas condições de governabilidade “as piores possíveis”. Caso Temer demonstre um “mínimo de competência” para administrar a crise, ficará completamente inviável o retorno da petista ao cargo, de acordo com as palavras de um assessor presidencial. A defesa desta proposta foi paralisada por parte do comando petista, para não constranger a presidente, antes da votação da admissibilidade do impedimento. No entanto, o PT recomenda que o partido abrace a alternativa logo depois que Temer assumir, o que pode acontecer a partir da segunda quinzena de maio. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pretende realizar no dia 15 de maio a votação em plenário sobre o afastamento temporário de Dilma. A ideia é reforçar o discurso de que Temer não tem legitimidade para assumir o cargo e, por isso, seria preciso realizar uma nova eleição presidencial. Na última terça-feira (19), senadores do PT, PSB, Rede e PPS apresentaram uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para que as eleições presidenciais ocorram simultaneamente com as eleições municipais que vão acontecer em outubro deste ano. A iniciativa foi apoiada por 30 senadores e protocolada na Secretaria-Geral. Ela será analisada pelas comissões temáticas e terá que ser aprovada em dois turnos pelo Senado eA partir desta ideia, Temer iniciou ofensiva para abalar o apoio à proposta, principalmente na Câmara, já que ela conta com a simpatia de Renan, adversário do vice-presidente dentro do PMDB. Em encontros com ministros peemedebistas, a presidente foi aconselhada a “esquecer” a primeira fase do processo, em relação ao seu afastamento, que já estaria perdida, e se concentrar no julgamento final do processo. Dilma, porém, ressaltou que mesmo sob cenário desfavorável, ainda acredita ter chances de reverter a perda do mandato na fase final. Nos EUA, Dilma já havia falado sobre a antecipação das eleições presidenciais, na semana passada, falando sobre a hipótese de que seu mandato seja encurtado. “Não sou contra eleições de maneira alguma. Mas uma coisa é eleição direta com voto secreto das pessoas e o povo brasileiro participando. Agora, tem que ser me dado o direito de me defender. Eu não sou uma pessoa apegada a cargo. Não acuso ninguém que propõe eleição direta de golpista. Isso é outra discussão. Eu quero defender o meu mandato. Devo isso aos meus 54 milhões de eleitores”, disse a presidente.