20 de abril de 2016
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FOTO: BRUMADO ACONTECE
O presidente do PMDB da Bahia, o ex-ministro Geddel Vieira Lima decidiu partir para o ataque contra a presidente Dilma Rousseff (PT). O cacique acusou a petista de “denegrir” a imagem do Brasil ao classificar o processo de impeachment como um “golpe” contra seu governo. “Eu acho que a presidente tem que parar com essa história de se vitimizar e denegrir a imagem do Brasil. A presidente tem que respeitar a Constituição e parar com essa conversa fiada de que houve um golpe”, disse Geddel, conforme publicou o jornal Valor Econômico. “O povo brasileiro precisa entender que houve, sim, crime de responsabilidade. Ela feriu a Constituição, feriu a Lei de Responsabilidade Fiscal”, frisou. O pemedebista também criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que nos últimos dias exortou a militância petista a ir às ruas e recomendou ao PT que trate um eventual governo Temer como ilegítimo. Para Geddel, Lula, como expresidente, deveria estar “pregando a paz e o respeito à Constituição”, em vez de adotar o “discurso bobo do golpe”, tendo em vista que o processo de impeachment está sendo conduzido de acordo com a
Geddel lembrou que o PT e Lula pediram o impeachment de tantos presidentes e dizem agora que é golpe. “Eram eles golpistas? Essa é a pergunta que eles têm que responder”, disse Geddel, que ocupou o ministério da Integração Nacional no segundo mandato de Lula. O pemedebista ressaltou que, após a votação “pífia” obtida pelo governo na Câmara no último domingo, a presidente “perdeu as condições” de governar. Ao comentar o andamento do processo de impeachment, Geddel disse que o “Brasil quer pressa” e pediu “uma manifestação o mais rápido possível do Senado”, embora tudo tenha que ser feito dentro do que “determina a Constituição e o rito”. Questionado sobre a montagem do ministério de um eventual governo Temer, Geddel disse que não há, em sua avaliação, “articulação ministerial”, mas “muita especulação” a respeito do assunto. Segundo o pemedebista, o vice-presidente está escutando a todos e montando um “mosaico” para, em caso de o Senado decidir pelo afastamento da presidente, “ter soluções para apresentar à sociedade brasileira”, dada a “gravidade” da crise econômica.