• Início
  • ››
  • Brasil
  • ››
  • Justiça
  • ››
  • Editora pede a Fux suspensão de censura e depoimentos de jornalistas
-------- PUBLICIDADE --------
18 de abril de 2019
Brasil

Editora pede a Fux suspensão de censura e depoimentos de jornalistas

Foto Reprodução

Responsável pelo site O Antagonista e a revista Crusoé, a editora Marce Clausum pediu, em reclamação, que o ministro Luiz Fux suspenda liminarmente a censura e os depoimentos de jornalistas dos veículos, segundo o Estadão. De acordo com o jornal, a publicação foi excluída por decisão do ministro Alexandre de Moraes no âmbito de “inquérito da censura”, aberto sob o pretexto de investigar supostas fake news contra a Corte. Segundo os advogados da editora, há “nítida demonstração do caráter censório” das decisões, que “impedem o direito público de acesso à informação, acarretando em prejuízo à sociedade como um todo”. Na última segunda-feira (15), Moraes determinou a retirada do ar de reportagem que cita e-mails da Odebrecht que mencionam o presidente do Supremo, Dias Toffoli. No mesmo dia, o ministro ainda mandou multar o veículo em R$ 100 mil alegando o descumprimento da decisão. No dia seguinte, ordenou buscas e apreensões contra investigados. Ainda na terça (16), a procuradora-geral, Raquel Dodge, informou o Supremo Tribunal Federal que promoveu o arquivamento do inquérito. Horas depois, os ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes determinaram a manutenção das investigações e a prorrogação por mais três meses. De acordo com a editora, é “inevitável deixar de se entender como um erro grave a determinação de exclusão de matéria jornalística da apreciação pública, ainda que relacionada a autoridade judiciária, como é o caso da decisão reclamada, sendo certo que matéria jornalística se limitou a divulgar a notícia que chegou ao seu conhecimento, sem qualquer termo ofensivo, tampouco emissão de juízo de valor”. “Além disso, o tema da reportagem é de interesse público, uma vez que revela informações fornecidas por Marcelo Odebrecht, colaborador da operação ‘Lava Jato’, sendo dever-direito dos meios de comunicação de divulgar fatos relevantes, independentemente, da pessoa retratada. E qualquer impedimento nesse sentido configura inquestionável censura, que tanto castigou nosso país”, escreve.