Após o primeiro turno das eleições 2022, os institutos de pesquisas viraram alvos de crÃticas e são acusados por polÃticos de criar números fora da realidade. Entre os institutos mais criticados estão o Datafolha que pertence o jornal Folha de S.Paulo e o IPEC, antigo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e EstatÃstica (IBOPE).
Na tarde do último sábado, vésperas das eleições, o Datafolha, divulgou uma amostragem de Lula com 50% dos votos válidos, ante 36% de Bolsonaro, com margem de erro de dois pontos para mais ou menos. Com diferença de 14 pontos percentuais de um candidato para outro. O IPEC, o petista alcançava 51%, ante 37% do atual presidente, com mesma margem de erro e com a mesma análise percentual.
Após finalizar a apuração nacional, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou 48,43% para Lula e 43,20% para Bolsonaro. Quase 10 pontos percetuais de diferença. Um resultado bem divergente das amostragens registradas pelos institutos nas vésperas das eleições. Outras pesquisas como para governadores e senadores também foram alvos das crÃticas pelas divergências.
O Senador Marcos do Val apresentou um requerimento para criar uma Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) e investigar os institutos com tamanhas divergências apresentada pelas pesquisas. Do Val disse já ter conseguido 16 dos 27 apoios necessários de senadores para a abertura da CPI.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, afirmou que encaminhou à PolÃcia Federal um pedido para abrir inquérito sobre os institutos de pesquisas eleitorais. Ministros do governo de Jair Bolsonaro (PL), e aliados no Congresso passaram endorsar crÃticas pelas disparidades dos números apresentados por institutos. O quociente bem diferente do divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral, acabam favorecendo outro candidato.
Além de Marcos do Val, assinaram o documento Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Eduardo Girão (Podemos-CE), Telmário Mota (PROS-RR), Marcos Rogério (PL-RO), Carlos Portinho (PL-RJ), Jorge Kajuru (Podemos-GO), PlÃnio Valério (PSDB-AM), Lucas Barreto (PSD-AP), Eliane Nogueira (PP-PI), Luiz Carlos do Carmo (PSC-GO), Guaracy Silveira (PP-TO), Zequinha Marinho (PL-PA), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Lasier Martins (Podemos-RS).