17 de março de 2016
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A presidente Dilma Rousseff (PT) fez um duro discurso, na manhã desta quinta-feira (17), contra as decisões do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo Lava Jato na primeira instância. Durante a nomeação do ex-presidente Lula para ministro da Casa Civil, a petista o chamou de “maior líder político do país”. Em sua fala, Dilma avaliou os grampos telefônicos divulgados pelo magistrado nesta quarta-feira (16) como “ilegais”. Para ela, investigações baseadas em “grampos ilegais não favorecem a democracia no país”. A petista disse ainda que as prerrogativas dela foram violadas com a divulgação. Para Dilma, “se ferem prerrogativas da presidência, o que farão com as prerrogativas dos cidadãos?”, questionou, ressaltando que os “golpes começam assim”. “Não há justiça quando delações são tornadas públicas de forma seletiva”, frisou. Ao falar sobre a chegada do ex-presidente no governo, Dilma Rousseff afirmou que sua gestão “terá melhores condições de colocar o Brasil nos trilhos com Lula” ao seu lado. “Nós temos de superar a ação daqueles que não terão força política para causar o caos”, destacou. O juiz Sérgio Moro retirou nesta quarta-feira (16) o sigilo de interceptações telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As conversas gravadas pela Polícia Federal incluem diálogo com a presidente Dilma Rousseff, que o nomeou como ministro chefe da Casa Civil. A divulgação por volta das 18h30 causou reação imediata no Congresso Nacional com deputados e senadores cobrando a renúncia da presidente, e nas ruas, com protestos se espalhando pelo país.
