13 de janeiro de 2016
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A obra, baseada em perguntas breves e simples respondidas extensamente pelo papa com várias lembranças e episódios de sua vida, já foi qualificado como a encÃclica sobre a misericórdia que o pontÃfice sempre quis escrever. “O nome de Deus é Misericórdia”, que chega hoje à s livrarias de 86 paÃses, é também uma espécie de “manifesto” do Ano Santo que começou em novembro do ano passado sobre este tema. Um fato curioso é que o papa escreveu de próprio punho o tÃtulo do livro nos seis idiomas em que ele foi lançado (português, inglês espanhol, italiano, francês e alemão). O jornal La Stampa explica, para Francisco, a Igreja tem que aquecer “o coração das pessoas com a proximidade”. E as respostas do papa comprovam isso. “A pessoa não é definida apenas por sua tendência sexual: Não esqueçamos que somos todos criaturas amadas por Deus, destinatárias de seu infinito amor. Eu prefiro que as pessoas homossexuais venham se confessar, que fiquem próximas do Senhor, que possamos rezar juntos”, diz ele sobre a posição da Igreja com relação aos homossexuais.Uma proximidade também que ele pede com os divorciados e pessoas que voltaram a se casar a que são excomungados e afastados pela Igreja Católica. “Abrace e seja misericordioso, embora não possa absolvê-los.
Dê a eles de todos os modos uma bênção”, acrescenta o papa. A novidade do livro está na simplicidade da linguagem e nos exemplos do cotidiano que ele dá. “Tenho uma sobrinha que se casou no civil com um homem antes que ele pudesse obter a nulidade matrimonial. Queriam se casar, se amavam, queriam ter filhos, de fato tiveram três. Este homem era tão religioso que todos os domingos, quando ia à missa, ia ao confessionário e dizia ao padre: ‘Sei que o senhor não me pode me absolver, mas pequei nisto e naquilo outro, me dê uma bênção’. Isto é um homem formado religiosamente”, exemplifica o papa. No livro, Francisco também lembra a história de uma mulher na época em que ele era sacerdote em Buenos Aires. A mulher trabalhava como prostituta para sustentar seus filhos e um dia foi à igreja para agradecer o então padre Jorge Mario.