Depois de ser adiado por duas vezes, o júri do empresário Cézar Paulo de Morais Ribeiro, o popular Cezar de Lim, condena o réu a 16 anos e 10 meses de prisão. O empresário foi apontado pela Polícia Civil de tramar e matar Sidney Vasconcelos Meira, de 47 anos, apelidado de Camarão.
A motivação do crime seria um acerto de contas. Cezar acusou Camarão de ter subtraído um cheque de 80 mil reais. De acordo com investigações, na madrugada de 19 de junho de 2017, o acusado telefonou para seu funcionário “Camarão”, determinando que ele lhe encontrasse no Bairro Apertado do Morro.
Ainda segundo a polícia, o argumento do encontro seria para receber cigarros (contrabandeados), como forma de pagamento de dívida. Camarão foi ao encontro de Cezar no local combinado conduzindo uma motocicleta e em companhia de sua esposa.
Ambos foram surpreendidos pelos acusados, que estavam de armas em punho. Segundo depoimentos, Cézar ficou zangado porque Sidney foi com a mulher. Em seguida Cézar passou a acusar Sidney de ter subtraído cheque no valor de R$ 80.000,00.
A mulher da vítima chegou a ir na casa do acusado e depois foi liberada sob ameaças de morte. Camarão depois foi colocado no carro e morto com um tiro na cabeça próximo a Fazenda Mira Estrela, pertencente ao sogro de Cézar.
Após o crime, Cezar e o comparsa Pedro Henrique fugiram, mas foram presos numa blitz em Iporã, no Paraná. De acordo com a polícia, eles estavam fugindo para o Paraguai.
Pedro Henrique foi transferido para Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) em Salvador, onde foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira 11 De janeiro de 2019.
O empresário Cézar Paulo de Morais Ribeiro foi transferido para o presídio de Vitória da Conquista, onde permanece preso até hoje. A escolta que trouxe o empresário chegou ao Fórum Juíza Leonor da Silva Abreu com mais de uma hora de atraso. O salão do júri ficou lotado do início ao fim do julgamento.
O júri marcado inicialmente para dia 1º de abril foi adiado. A defesa do réu já tinha uma audiência nesta data. Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) adiou para dia (8), porém, um dos advogados defesa por motivos de saúde e apresentando relatório médico não pode realizar a defesa. O júri novamente foi remarcado para essa segunda-feira (25), a qual acabou condenando o empresário.