O Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) aumentou, as taxas de juros em 0,25 ponto percentual. A decisão, divulgada nesta quarta (22), colocou a taxa de juros de referência do país na faixa de 4,75% a 5%.
A decisão do banco central americano ocorre após dias de turbulência no setor bancário americano, que tiveram a falência do banco SVB e um plano de apoio ao First Republic, de US$ 30 bilhões. A alta de juros foi apontada como uma das razões para a crise bancária do país.
A decisão tem como objetivo tentar conter a inflação nos Estados Unidos, que registrou forte alta depois da pandemia. Juros mais altos costumam esfriar a atividade econômica, por dificultar o acesso ao crédito.
Esta foi a nona alta consecutiva da taxa de juros americana. No comunicado sobre a decisão, o Fed sinalizou que pode encerrar o ciclo de alta em breve. O documento retirou o trecho que dizia que “aumentos contínuos” nos juros provavelmente serão apropriados. Esse posicionamento estava em todas as declarações de política monetária desde a decisão de 16 de março de 2022.
Dez dos 18 formuladores de política monetária do Fed ainda esperam que a taxa suba mais 0,25 ponto percentual até o final deste ano, o mesmo nível visto nas projeções de dezembro.
A taxa de referência do Fed deve terminar o próximo ano em 4,3%, com base na projeção mediana feita pelos formuladores. As opiniões novamente variaram amplamente, com quatro autoridades esperando que os juros sejam de 5,1% ou mais e quatro esperando que a taxa básica termine o ano abaixo de 4%.
Em dezembro, os formuladores de política monetária do Fed projetaram que 2023 terminaria com a taxa de juros do banco central em 5,1%, antes de cair para 4,1% em 2024.
No começo da noite desta quarta (22), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Brasil anunciará como fica a taxa Selic, referência para os juros no país. A expectativa é a de que ela se mantenha inalterada –pela quinta vez consecutiva– no patamar de 13,75% ao ano.
Folhapress