22 de janeiro de 2016
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O governador Rui Costa anunciou nesta quinta-feira (21), durante encontro entre representantes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e equipes de prefeituras baianas, que o Estado fará a complementação para as obras de creches inconclusas, caso o órgão, vinculado ao Ministério da Educação (MEC), não consiga fazê-lo. “Não é responsabilidade direta do governo do Estado, mas tenho pleno convencimento de que ou você cuida da educação ou não adianta cuidar de partes da educação, porque o conhecimento é cumulativo”, pontuou. Rui também anunciou que quer comprar, ainda no início do ano, ônibus escolares, investindo entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões. Em seu discurso, Rui defendeu que as obras inacabadas não foram fruto de ingerência dos municípios, e salientou que as empresas devem ser responsabilizadas. “Tem pouca coisa a fazer porque é uma lei federal. E eu diria que tem muita limitação, porque a Bahia tem um normativo interno, que eu quero até reativar, que é o QualiObra, que media a qualidade das obras e impunha sanções as empresas. Mas como regra, as empresas recorriam ao Judiciário e conseguiam liminares para que elas participassem das licitações”, disse, classificando a postura das empresas como “escândalo”.
“Tem empresas que abandonaram obra no mês passado, entram em novas concorrências e repete a formula. Ou seja, foi calculado o preço daquela obra em 100, a empresa entra dando um desconto de 30%, quando a gente sabe que ou houve um erro grosseiro de quem fez um orçamento, ou 99,9% das vezes a obra é abandonada pela empresa vencedora. E não dá em nada”, reclama.