Se em algum momento da vida você pensou em fazer Ciências Econômicas e desistiu porque achou que ia lidar apenas com números, o coordenador do curso da Uesb esclarece que essa é uma visão muito equivocada sobre a graduação.
“As pessoas costumam associar o curso de Economia às Ciências Exatas, que precisam estudar muita matemática. Não! A gente precisa desmistificar que o economista só estuda matemática. Ela é um instrumento, e o economista lança mão da história, geografia, ciência política e da própria administração. No curso, se estuda várias áreas do conhecimento”, explica o professor Josias Alves.
Então, o que esperar de um curso em que se mescla vários campos, lidando ao mesmo tempo com gente, números e muita contextualização histórica?
Carreira – Com vasto campo de atuação, seja no setor público, privado, misto ou terceiro setor, a carreira está relacionada não somente com questão monetária, mas, também, fiscal, comercial, social, de gestão, de ciência de dados, de inovação, entre outras.
O profissional da Economia pode atuar com assessoria em plano de negócios, pesquisas, planejamento estratégico, docência, formulação e avaliação de políticas públicas e processos judiciais, entre outros. O trabalho também pode ser desenvolvido no comércio, em serviços, na indústria, em ONGs ou em órgãos públicos.
O mercado de trabalho exige, cada vez mais, profissionais comprometidos com a realidade na qual estão inseridos. Compreender o cenário econômico do país, estado ou cidade e conhecer o contexto mundial são fatores determinantes no dia a dia de um economista. Também é exigido deste profissional a expertise com questões ligadas a economia colaborativa sob aspectos de organização e racionalização do trabalho.
Na Uesb, o curso de bacharelado em Ciências Econômicas, de uma maneira geral, tem o objetivo de capacitar o estudante para intervir no processo socioeconômico regional e nacional. “Hoje, nossos alunos trabalham muito com a questão de mineração e/ou engenharia de dados. Às vezes, o número sozinho não diz nada, mas o diferencial do profissional de Economia é ter a conexão para relacionar esses números com o que está acontecendo no país. O economista tem a capacidade de fazer essas observações e correlacionar as informações”, pontua o professor.
Indispensável em toda empresa, uma gestão econômica e financeira saudável advém dos conhecimentos e qualificações do bacharel em Economia. Este profissional deve ser capaz de, ao longo de sua trajetória, seja acadêmica ou mercadológica, atrelar conceitos de múltiplas áreas e conceituá-los a determinados fatos históricos e políticos.
Tal premissa foi seguida à risca por Henrique Azevêdo Carvalho, profissional formado pela Uesb, em 2013. “Tive a oportunidade de fazer quatro especializações na área de Gestão, fiz mestrado em Administração e, atualmente, faço meu doutoramento em Tecnologia e Gestão da Inovação”, destaca ao falar da trajetória no mercado de trabalho desde a conclusão da graduação.
Atuando como professor e especialista em Inovação em uma cooperativa de crédito, na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, ele comenta sobre os diferenciais do curso da Uesb em sua formação. “Os aprendizados que tive me permitem ter senso crítico e humanizado em todas as ações e decisões que preciso tomar. A preocupação dos professores da graduação em nos ensinarem, muito além das atividades tecnocratas, me acompanham diariamente no exercício das minhas atividades’, conclui.
Economia na Uesb – Criado em 1998, o curso de bacharelado em Ciências Econômicas da Uesb já formou, aproximadamente, 200 profissionais. Com aulas no período noturno, a graduação oferta 43 vagas, com entrada de novos alunos no primeiro período letivo de cada ano. A conclusão do curso se dá com a realização de dez semestres e a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), em formato de monografia.
“Ao longo de 25 anos, o número de formados é muito significativo e expressivo, pois mostra a força da Uesb. Aqui, nós formamos estudantes de Conquista e de diferentes cidades da região Sudoeste da Bahia, além de outras regiões e estados do Brasil, o que mostra a força da educação no interior”, destaca Josias. Ainda de acordo com o coordenador, os concluintes da Uesb têm se voltado, cada vez mais, para o campo acadêmico. Também é comum ter ex-alunos em cargos em instituições bancárias, por meio de aprovações em concursos públicos.
Formando profissionais capazes de harmonizar o conhecimento técnico com as relações humanas, a graduação em Ciências Econômicas na Uesb auxilia o estudante na ampliação de sua autonomia pessoal e intelectual, fazendo-o compreender os valores de uma sociedade democrática e plural. “Se um estudante pensa em contribuir da melhor forma, por menor que seja, para a melhoria da nossa sociedade, que ele venha fazer o nosso curso de Economia”, sugere o professor Josias.