O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou neste sábado (7) que Israel está em guerra, horas após um grande ataque do Hamas deixar pelo menos 150 israelenses mortos e mais centenas de feridos no país.
A ação teve mais de 5.000 foguetes lançados da Faixa de Gaza que atingiram diferentes partes de Israel, inclusive Jerusalém. Além disso, militantes do Hamas usaram parapentes, blindados e barcos para invadir o sul do país, promovendo tiroteios, ateando fogo em casas e sequestrando civis e militares. Moradores da região buscam abrigo em bunkers. O governo contabiliza 57 israelenses em poder do Hamas.
“Estamos em um guerra. Não numa operação, mas em guerra. O inimigo pagará um preço sem precedentes. Estamos em guerra e vamos vencê-la” Benjamin Netanyahu primeiro-ministro de Israel, em comunicado neste sábado (7)
Israel contra-atacou ainda neste sábado (7). Um bombardeio na Faixa de Gaza matou pelo menos 198 palestinos e deixou mais de 1.600 feridos, de acordo com autoridades da saúde da região, controlada pelo Hamas, informou o jornal Valor Econômico.
As Forças de Defesa de Israel estão em “alerta de estado de guerra” desde os ataques do Hamas. Militares fizeram infiltrações em território palestino e Netanyahu convocou reservistas para reforçar suas tropas. Isso não significa contudo, que o país já declarou oficialmente estado de guerra, o que implica uma série de medidas de exceção. É o que disseram especialistas ouvidos pelo jornal O Globo.
Os ataques, aliás, coincidem com o aniversário de 50 anos da última guerra na região. Em 6 de outubro de 1973, uma coalizão de países árabes invadiu áreas conquistadas por Israel, dando início ao que foi chamado de Guerra do Yom Kippur, como lembrou o site CNN Brasil.
Este é o primeiro grande conflito entre Israel e Palestina desde 2021. Naquele ano, incursões militares que duraram dez dias terminaram com 250 palestinos e 13 israelenses mortos, como registrou o jornal Folha de S.Paulo.