10 de abril de 2016
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Imagem Reprodução
Com sua nomeação à Casa Civil ainda anulada pela Justiça, o ex-presidente Lula teria montado “QG” em um hotel de luxo de Brasília, onde costumeiramente se hospeda, para articular apoio de parlamentares à manutenção do governo Dilma. Segundo a Folha de S. Paulo, o petista vem promovendo diversas reuniões diárias na antessala do quarto 4050 do hotel Royal Tulip, principalmente com líderes e presidentes de diferentes partidos, além de deputados, senadores, governadores e ministros. Fontes teriam afirmado à publicação que o tom de Lula nas reuniões pode ser resumido em uma pergunta: “O que você precisa para ficar com a gente?”. Oficialmente, o ex-presidente não estaria tratando de cargos no trabalho de persuasão aos parlamentares. Pelos corredores do Congresso, porém, há quem diga que a ausência na votação do impeachment renderia R$ 400 mil e um voto pró-governo, R$ 2 milhões. O governo, obviamente, nega tais propostas. A Folha ressalta que o presidente do PP, Ciro Nogueira, esteve três vezes no hotel para reuniões com Lula nos últimos dez dias. Teria saído de lá com a promessa de o partido comandar três dos seis ministérios atualmente na conta do PMDB. “Ele tem conversado com todo mundo, de vários partidos, com as pessoas com quem tem relação, porque tem gente que é só com ele. Ele é o Lula”, afirmou ao jornal paulista o ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria do Governo.