As igrejas estão falhando em testemunhar eficazmente de Cristo porque estão fechadas na maior parte do tempo, indica um estudo realizado na Inglaterra. O Centro de Teologia de Comunidade do Reino Unido fez um levantamento de como as comunidades vizinhas aos templos veem com indiferença a maioria dos prédios usados estritamente para atividades religiosas. O desafio é convencer as denominações a abandonar velhos hábitos e utilizar os espaços das igrejas como centros comunitários que ofereçam algo “atrativo”. Ao mesmo tempo que veem pessoas se aproximar do espaço físico, gerariam “pontes” que facilitam a transmissão da mensagem. O relatório Assets not Burdens: using churh property to accelerate mission [Patrimônio, não um peso: Usando a propriedade da igreja para acelerar a missão], propõe uma mudança radical na forma como as igrejas utilizam seu espaço durante a semana. “Existe um enorme potencial para cada denominação fazer melhor uso de seus edifícios, que lhes traria benefícios do ponto de vista missionário e financeiro”, afirma o documento. As pesquisas feitas em Londres mostraram que os salões das igrejas ficam vazios em 57% do tempo, e os espaços de adoração permanecem sem serem usados 69% das horas da semana, já os escritórios não são utilizados 75% do tempo. Eles acreditam que a realidade não é muito diferente na maior parte das igrejas da Europa. Entre as sugestões de utilização estão o aluguel do espaço para eventos, o oferecimento de algum serviço com alta demanda na comunidade (por ex: creche ou contraturno escolar), ou mesmo o estacionamento da igreja aberto também durante a semana para carros particulares. Isso pode ser feito, inclusive, cobrando-se pelo serviço como uma forma de abater custos. Em contrapartida, na realidade europeia muitas mesquitas conseguem atrair pessoas – sobretudo os mais jovens – oferecendo atividades esportivas e educacionais nos seus espaços de uso comum. Embora igrejas maiores na maioria das vezes possui pessoas utilizando as propriedades que pertencem à igreja, congregações menores tem muita dificuldade de usar seus espaços de forma eficaz. Comentando o relatório, o bispo de Worcester, John Inge, afirmou que: “Os templos nunca deveriam ser mausoléus silenciosos, mas vibrantes centros de serviço dentro de sua comunidade local. A análise, a base teológica e o apelo à ação do relatório enquadram-se perfeitamente com a visão de ver os cristãos usando estes lugares para adorar a Deus, mas também demonstrando amor ao próximo”.