A indefinição de Lula (PL) sobre a escolha do novo procurador-geral da República reanimou aqueles que defendem a permanência de Augusto Aras no cargo.
Os dois nomes mais fortes para a PGR, até agora, são os dos subprocuradores Paulo Gonet, que tem o apoio de Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, e Antonio Carlos Bigonha, que conta com a simpatia de uma ala do PT.
No meio da disputa, e sem ver como Lula pode desempatar o jogo sem descontentar lideranças e autoridades, apoiadores de Aras vislumbram nova chance de ele permanecer no posto para um novo mandato.
O atual PGR tem apoiadores de peso: o senador Jaques Wagner (PT-BA), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
O desgaste para Lula, admitem os que apoiam o atual procurador, seria grande: Aras é visto como um engavetador-geral da República da era de Jair Bolsonaro (PL). Nada, no entanto, que o prestígio de Lula não pudesse suportar.
Além disso, por mais ácidas que fossem, as críticas desapareceriam do noticiário em poucas semanas –ou até mesmo dias, calculam os defensores de Aras.
De acordo com interlocutores de Lula, o presidente está avaliando outros nomes para o cargo, ainda que menos competitivos do que os atuais que estão na disputa.