A produção brasileira de químicos para a indústria atingiu o melhor desempenho para um terceiro trimestre desde 2007 com uma taxa de crescimento em 1,45% sobre igual período do ano passado. As vendas foram 1,9% maiores, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
No mesmo período de 2017, o índice de produção ficou em 0,23% e o de vendas foi negativo (-1,91%).
A diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, afirma que, apesar dessa evolução favorável, o crescimento ocorreu sobre uma base fraca, refletindo a volatilidade cambial.
“Inseguros quanto ao valor que pagariam pela fatura dos produtos importados, muitos empresários optaram por adquirir o material que precisavam da indústria local”.
Com o pleito definido, o que se espera, segundo o presidente da Abiquim, Fernando Figueiredo, são medidas que possam aumentar a competitividade da indústria química.
Para estimular a produção, Fátima citou a necessidade de um avanço nas reformas em tramitação no Congresso Nacional entre as quais a tributária e previdenciária, além de questões mais pontuais, como redução da taxa de juros e do custo de energia elétrica, incluindo ainda uma política na área petroquímica que favoreça o acesso mais barato a um dos componentes mais usados no setor, a nafta.
“Somos muito dependente dessa matéria-prima e caso houvesse uma oferta interna por meio do pré-sal poderíamos reduzir a pressão da dependência externa”