O Ministério da Defesa de Israel afirmou nesta quarta-feira, 11, que há brasileiros entre as pessoas que estão sendo mantidas reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza. O anúncio foi feito por um porta-voz do Exército israelense. O número de reféns e suas identidades não foram confirmados pelo governo israelense.
“Temos americanos, britânicos, franceses, alemães, italianos, brasileiros, pessoas da Argentina e da Ucrânia, e vários outros países. Não lembro a lista completa, pois é muito grande”, disse o porta-voz Jonathan Conricus, em um vídeo publicado no X (o antigo Twitter).
“Há 1,2 mil israelenses mortos, e cerca de 2,7 mil feridos. Dezenas estão sendo mantidos reféns em Gaza pelo Hamas, inclusive, sendo muitos deles com dupla nacionalidade”, disse Conricus no vídeo. O porta-voz afirmou que esta “não é uma preocupação apenas para Israel”, mas de “muitos países livres no mundo”.
O grupo terrorista levou reféns para a Faixa de Gaza durante o ataque relâmpago do sábado. Na segunda-feira, 9, o grupo chegou a afirmar que haveria uma execução de refém para cada bombardeio de Israel no território. A ameaça não intimidou os militares israelenses, que continuam bombardeando o enclave palestino depois do comunicado.
De acordo com o Itamaraty, com a confirmação da morte de Ranani Glazer e Bruna Valeanu na terça-feira, 10, sabe-se que ainda uma brasileira considerada desaparecida, a carioca Karla Stelzer Mendes, de 41 anos. Entretanto, não há confirmação de que Karla possa estar entre os reféns de Hamas.
Karla, assim como Ranani e Bruna, estava em uma rave no sul de Israel realizada no sábado, 7. A festa de música eletrônica, também conhecida como rave, acontecia no deserto de Negev, perto do Kibutz Re-im, a 5 km da Faixa de Gaza, quando foi invadida por terroristas do Hamas. Segundo relatos de vítimas, homens armados cercaram o local, lançaram granadas e dispararam contra as pessoas que ali estavam.
Procurado pelo Estadão, o Itamaraty ainda não confirmou se já foi comunicado sobre os reféns.
Estadão Conteúdo