Puxada por Jair Bolsonaro e pelo antipetismo, a professora Janaina Paschoal (PSL) alcançou, na eleição para a Assembleia Legislativa de São Paulo, a maior votação da história entre candidatos para deputado no Brasil.
Com 2.031.829 votos votos (e 98,29% das urnas apuradas), Paschoal superou o recorde histórico nas disputas para o legislativo estadual paulista, mas também obteve mais votos do que o campeão de votos para deputado federal. A marca foi alcançada neste ano por Eduardo Bolsonaro (PSL), candidato à Câmara federal por São Paulo. Ele atingiu 1.814.443 votos (com 98,29% das urnas apuradas).
Paschoal foi autora do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) e esteve cotada para ser vice de Bolsonaro. Sua votação em São Paulo foi superior ao que recebeu candidatos à presidente como Cabo Daciolo (Patri),Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede).
A votação de Paschoal foi mais de seis vezes superior do que a maior marca já alcançada por um candidato à Assembleia paulista. Em 2014, o tucano Fernando Capez, que já era deputado, liderou a disputa com 306.268 votos.
Os votos recebidos pela deputada eleita representam 9,92% dos votos válidos. Paschoal teve quatro vezes mais votos que o segundo colocado, Arthur Mamãe Falei (DEM), que se notabilizou na internet como militante antipetista e é integrante do MBL (Movimento Brasil Livre). Arthur recebeu 470.606 votos.
O PSL, de Bolsonaro e Paschoal, ainda garantiu o quinto candidato mais bem votado. Gil Diniz, autointitulado Carteiro Reaça, obteve 210.439 votos.
Esse fenômeno deve ajudar o PSL a ter a maior bancada na Assembleia a partir do ano que vem -a sigla não tinha nenhum deputado. As cadeiras da Assembleia dependem do cálculo que leva em conta o total de votos recebidos por partidos e legendas.
O terceiro mais votado foi o deputado Carlos Giannnazi (PSOL), que chega à sua quarta legislatura. Já Paschoal, Mamãe Falei e o Carteiro Reaça são estreantes na Casa.