Apesar de ter dito que participaria de até três debates em pools de veículos de comunicação, o ex-presidente Lula (PT) afirmou que é preciso discutir quais serão as regras do encontro, condições e o formato, antes de dar ok. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, Lula não quer ficar exposto aos ataques de candidatos com menor intenção de votos em caso de não participação de Jair Bolsonaro (PL).
Por enquanto, há dois pools constituídos para estes encontros: um reunindo Folha, UOL e as TVs Bandeirantes e Cultura, que marcou o debate para 28 de agosto. O outro é formado por Folha, UOL, G1, O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor, que realizará o evento em 14 de setembro.
Aliados de Lula avaliam reservadamente que Lula só deve confirmar presença em debates se Bolsonaro também for. “Não faz sentido Lula ir para um debate sem a presença do Bolsonaro”, afirmou à equipe da coluna um integrante do núcleo duro da campanha.
Um dos temores de petistas é que, sem Bolsonaro, Lula se torne o alvo preferencial de ataques dos outros presidenciáveis, que ainda patinam nas pesquisas – e lutam para levar a disputa para o segundo turno.
Outro receio é o de que Lula acabe dando munição para os adversários, caso derrape em respostas ao ser provocado sobre temas politicamente espinhosos, como o esquema bilionário de corrupção revelado pela Lava Jato e a descriminalização do aborto.