17 de março de 2016
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A presidente Dilma Rousseff decidiu agora há pouco, depois de muitas horas de reunião, que o ex-presidente Lula vai ocupar a Casa Civil do governo, no lugar de Jaques Wagner, que vai para a chefia de gabinete. Lula define com Dilma uma reforma mais ampla do primeiro escalão do governo. Dilma deve mexer em outras peças do Ministério. Há uma pressão para que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, deixe o cargo, depois que foi revelada a conversa com o assessor do senador DelcÃdio do Amaral em que o ministro oferece ajuda para tentar evitar a delação premiada do parlamentar. A presença de Lula no governo também deve mexer na área da economia do governo. Lula pressiona por uma guinada nos rumos das polÃticas econômica e monetária, com o uso das reservas internacionais para abatimento de dÃvidas e uma pressão pela redução da taxa de juros, criando um populismo fiscal. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tem demonstrado incômodo com as notÃcias de que Lula gostaria de trazer para o governo o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. O governo se esforça para convencer que a ida de Lula para o Palácio do Planalto é para tentar salvar o mandato da presidente Dilma. Já a oposição afirma que o oferecimento de um ministério para Lula é para blindá-lo no campo da Justiça. A consequência prática é que Lula se livra da mira do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, já que passaria a ter como foro o Supremo Tribunal Federal.