29 de abril de 2016
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FOTO: BRUMADO ACONTECE
A presidente Dilma Rousseff, alvo de processo de impeachment que tramita no Congresso, disse nesta quarta-feira (27) que lutará para sobreviver e que está defendendo “o princÃpio democrático que rege a vida polÃtica brasileira”. Em entrevista à jornalista norte-americana Christiane Amanpour, correspondente-chefe da CNN para assuntos internacionais, Dilma argumentou que os lÃderes que fizeram avançar a ação contra ela são alvo de denúncias de corrupção. A presidente citou especificamente o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), réu por corrupção e lavagem de dinheiro no STF (Supremo Tribunal Federal). A aliados próximos, a petista já admitiu que seu afastamento temporário da Presidência se tornou “inevitável”. Dilma será afastada do cargo por até 180 dias depois que o Senado aprovar a admissibilidade do processo de seu impeachment, em votação prevista para o dia 11 de maio. Perguntada por Amanpour se acredita que conseguirá manter o seu mandato, Dilma respondeu: “Mais do que pensar, eu lutarei para sobreviver, não só pelo meu mandato, mas pelo fato de que o que estou defendendo é o princÃpio democrático que rege a vida polÃtica brasileira”. “O processo -quem é que fez o impeachment contra mim? Todos que fizeram o impeachment contra mim -os lÃderes, não estou falando da base- têm processo de corrupção, têm denúncias de corrupção, principalmente o presidente da Câmara”, acrescentou a presidente. A petista afirmou ainda que “ninguém pode levar um processo de impeachment por impopularidade, porque a impopularidade é cÃclica”, sobre o regime presidencialista. “Se fosse assim, todos os presidentes ou primeiros-ministros na Europa que tiveram taxas de desemprego de 20% teriam que sofrer processo de impeachment, porque também tiveram profundas quedas de popularidade”, argumentou.