O brasileiro e ex-fuzileiro naval da marinha dos Estados Unidos, Alexandre Danielli, que atuou no Afeganistão, revelou que o grupo Talibã tinha planos de realizar um ataque terrorista a procissão de Nossa Senhora de Aparecida, no estado de São Paulo.
Em entrevista concedida a Mauricio Meirelles, no Achismos Podcast, Danielli narrou o momento em que obteve os documentos com o planejamento do movimento fundamentalista e nacionalista islâmico.
“Uma vez me chamaram porque eu falava português numa pequena base Talibã que eles tinham destruído. Quando eu cheguei lá de helicóptero, no meio da noite, fui ver toda uma documentação analisando quanto de C4 (explosivo) precisava pra fazer uma bomba pra matar o máximo de pessoas na procissão de Nossa Senhora de Aparecida, em São Paulo. Pra eles é um prato cheio, né? Imagina um homem bomba explode ali na procissão. Mata quantas pessoas?”, disse.
“Eu não sei se tu sabe, mas o Talibã acredita fielmente que aqui é o inferno. A Terra é o inferno e a única porta para ir ao paraíso encontrar o Alá é matar um infiel. Quem são os infiéis? São os cristãos, católicos, ateus, ou qualquer outra religião que não seja a deles. Por isso que eles querem matar as pessoas que não são mulçumanas”, acrescentou Danielli.
Para o veterano de guerra, os países que estão recebendo refugiados afegãos precisam criar um sistema de segurança altamente eficiente para evitar que terroristas infiltrados nesses grupos também entrem em seus territórios.
“O Talibã vai voltar a fazer renda. Vai voltar a ter grupos terroristas. Tem que tomar muito cuidado com refugiados do Afeganistão. Se você pensar um pouquinho como bandido, porque não botar alguns espiõezinhos naqueles grupos de refugiados pro Brasil, Estados Unidos e Europa? Deixar os caras lá como célula adormecida, durante um ano ou um ano e meio? […] Não existe nem sistema de identidade ou para checar o passado criminoso. Não tem burocracia. Se vocês lembram bem, dez anos atrás tinham muitos ataques na Europa e Estados Unidos, né? De células adormecidas que de repente explodiram uma bomba ou saíram atirando. Isso parou, mas agora a minha crença é que vai voltar, vai voltar a acontecer”, pontuou.
Alexandre imigrou para os Estados Unidos aos 19 anos, casou e se alistou por sugestão do sogro, que era veterano de guerra. Ele serviu no Oriente Médio de entre 2010 e 2011.