17 de março de 2016
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Imagem Reprodução
Segundo o juiz, ex-presidente provavelmente desconfiava de que suas ligações telefônicas estivessem sendo interceptadas pela PF. Responsável pelas sentenças de primeira instância da Lava Jato, o juiz Sergio Moro anunciou a retirada do sigilo da operação. Uma das primeiras consequências da medida foi a divulgação de interceptações telêfonicas envolvendo o agora ministro Lula e a presidente Dilma, incluindo diálogos realizados hoje (16). De acordo com o G1, Moro justifica no despacho que libera o grampo telefônico que, “pelo teor dos diálogos gravados, constata-se que o ex-Presidente já sabia ou pelo menos desconfiava de que estaria sendo interceptado pela Polícia Federal, comprometendo a espontaneidade e a credibilidade de diversos dos diálogos”. “Trata-se de processo vinculado à assim denominada Operação Lava Jato e no qual, a pedido do Ministério Público Federal, foi autorizada a interceptação telefônica do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de associados”, registra o magistrado. O juiz sugere ainda que Lula, de antemão, já tinha ciência das ações que viriam a ser implementadas em 13 de março, quando da
Em um dos diálogos, gravados na tarde desta quarta-feira (16), Dilma liga para Lula e diz que enviará um documento de posse, para que ele use em caso de necessidade. Dessa forma, caso a polícia fosse até a casa de Lula mais uma vez, ele já teria direito ao foro privilegiado.
Confira a íntegra dessa ligação:
Conversa com Dilma
– Dilma: Alô
– Lula: Alô
– Dilma: Lula, deixa eu te falar uma coisa.
– Lula: Fala, querida. Ahn
– Dilma: Seguinte, eu tô mandando o ‘Bessias’ junto com o papel pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?!
– Lula: Uhum. Tá bom, tá bom.
– Dilma: Só isso, você espera aí que ele tá indo aí.
– Lula: Tá bom, eu tô aqui, fico aguardando.
– Dilma: Tá?!
– Lula: Tá bom.
– Dilma: Tchau.
– Lula: Tchau, querida.