A atriz brasileira Léa Garcia morreu, nesta terça-feira (15/8), aos 90 anos de idade. A notícia foi confirmada pela família nas redes sociais da artista. Ela estava em Gramado, para o festival de cinema, e seria homenageada pelo evento.
“É com pesar que nós, familiares, informamos o falecimento agora na cidade de Gramado no Festival de Cinema de Gramada da nossa amada Léa Garcia”, descreveu a publicação.
Em sua trajetória, ela esteve presente em peças de teatro, cinema e televisão. Em 1957, com o filme Orfeu Negro, a atriz foi indicada ao prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes.
Quando ainda era jovem, Léa tinha o desejo de se formar em letras e ser escritora. Entretanto, após conhecer o dramaturgo e ativista Abdias Nascimento, com quem teve dois filhos, a atriz mudou o seu destino e subiu aos palcos. Em 1952, ela estava na peça Rapsódia Negra , a primeira de sua carreira.
Na televisão, Léa iniciou a sua caminhada em 1950, quando ainda tinha 17 anos, na extinta TV Tupi, e se mudou para a Globo em 1970. Um dos personagens mais marcantes da atriz foi Rosa, em Escrava Isaura (1976), quando se tornou uma referência para artistas negros.
Anos antes, entretanto, a atriz esteve presente na peça Orfeu da Conceição (1956) e viveu Mira na trama. No ano seguinte, a apresentação foi adaptada para o cinema, pelo diretor francês Marcel Camus, e recebeu o nome de Orfeu Negro. A atuação rendeu o segundo lugar na Palma de Ouro, do Festival de Cannes, um dos mais importantes do mundo.
Léa Garcia ganhou os prêmios de Melhor Atriz no Festival de Gramado, em 2004, por As Filhas do Vento, e foi agraciada com um prêmio no Festival de Cinema Brasileiro em Toronto, em 2013, por Acalanto, entre outras estatuetas.
Ao longo de sua carreira, ela participou de mais de 40 produções para televisão, mais de 30 filmes, incluindo produções para a Netflix, e diversas obras para o teatro.