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31 de agosto de 2016
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Movimento do campo promete resistência sem trégua à gestão Temer

Imagem Reprodução

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No dia em que o Senado aprovou o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff, embora mantendo seus direitos políticos por uma apertada margem de votos (42 a 36), os movimentos do campo enviaram um duro recado à equipe do novo governo. Maria Casé, integrante da coordenação nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), diz que a disposição dos trabalhadores do campo é não dar um minuto de trégua à gestão Temer na defesa dos direitos que foram adquiridos ao longo dos últimos anos. “Esse circo é o nome que a gente pode usar para definir esse momento histórico. Não estamos tristes só pela Dilma não, que converteu a vida dela numa militância aguerrida. Ela se converteu em uma guerreira dessa pátria. Estamos tristes pela história vergonhosa, a página vergonhosa que se constrói nessa nação nesse dia de hoje. As futuras gerações terão que lutar muito para apagar, ainda que seja com sangue, essa página maldita e obscura que foi escrita hoje.”Casé diz que o sentimento de triste com o afastamento de Dila da presidência vai se transformar em ações. “Embora tristes, já estamos afiando nossas ferramentas. Não pensem os golpistas que vão nos escorraçar para a senzala de volta porque não vamos. Não vamos aceitar ser atropelados, ser massacrados, violentados. Nós experimentados o início do gosto bom da dignidade, de viver mais ou menos bem, e vamos continuar lutando, querendo, desejando e construindo uma dignidade plena.” A integrante do MPA garante que essa disposição só vai aumentar na medida em que o novo governo tente impingir à sociedade a retirada de direitos adquiridos. “Não vamos aceitar nenhum retrocesso, e não vai ter arrego. Não pensem que vamos baixar as cabeças, porque lutadores e lutadoras no Brasil têm muito, no campo e na cidade. Golpistas têm poucos, embora eles se fechem dentro das paredes do Senado tentando parecer os deuses do Olimpo, eles não são. Nos levantaremos em milhões e vamos lutar até o fim, até que essa pátria esteja livre de cada golpista, de cada fascista, de cada machista e cada racista.”