O diretor de educação da ONG SaferNet Brasil, Rodrigo Nejm, foi o entrevistado de hoje (12) no Jornal da Metrópole no Ar, na Rádio Metrópole, e falou sobre questões relativas ao discurso de ódio e à s fake news na internet. A ONG, que atua no enfrentamento aos crimes e violações aos Direitos Humanos no espaço virtual, recebeu mais de 150 mil denúncias de crimes só no ano passado. De acordo com ele, embora o número de registros seja grande, as pessoas ainda deixam de denunciar por crerem que a internet é uma “terra sem lei”. “Muita gente, infelizmente, ainda tem aquela ideia de que a internet não tem lei, que vale tudo, que a impunidade é absoluta. Ou, infelizmente, o que é pior, algumas pessoas já banalizaram de uma maneira tão radical o ódio, a intolerância, o preconceito, que fazem isso explicitamente, dentro e fora da internet, e nem acham que estão cometendo uma violência”, analisou. Para Nejm, a “beleza” da internet está em dar potência, voz e liberdade a pessoas que antes não tinham como se comunicar, mas é preciso reconhecer que há limites. O diretor da SaferNet ainda comentou os problemas associados à difusão de fake news, especialmente por parte de pessoas idosas, e frisou a necessidade de checar informações antes de compartilhar. “As pessoas têm que aprender, desde os primeiros momentos de conexão à internet, a verificar uma informação, checar a notÃcia, saber distinguir uma notÃcia falsa de uma verdadeira, checar fonte, data, checar os autores, checar em mais de uma fonte pra ver. Seu melhor amigo, por mais que você goste dele, não é uma fonte credÃvel de informação. Às vezes um idoso recebe [a notÃcia] de um neto ou de um filho e acha que, só porque recebeu de alguém que gosta, é suficiente para acreditar”, declarou