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5 de maio de 2018
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Mulher descobre que ex-marido registrou filha com outra mulher em seu nome

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Uma professora aposentada, de 55 anos, descobriu que, há 33 anos, o ex-marido registrou uma filha dele com outra mulher em nome dela. Ela entrou na Justiça para provar que não é mãe, nem possui qualquer vínculo com a filha do ex-companheiro. A moradora de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, disse que ficou “chocada” com a descoberta. “Fiquei surpresa, chocada. Não sei qual a intenção dela, o motivo de não ter corrido atrás para colocar antes o nome da mãe dela. Espero que seja solucionado o mais breve possível”, disse ao G1. A mulher, que não pode se identificar porque o processo corre em segredo de Justiça, tem duas filhas com o ex-marido. Ela soube do caso apenas em agosto de 2017 pela rede social. “Estava navegando e, de repente, apareceu uma solicitação de amizade de uma pessoa, e ela já comentou num post que eu tinha feito, falando que na casa dela havia uma menina, uma amiga dela, e que eu era a mãe dessa menina”, contou. Por acreditar tratar-se de um golpe, a professora aposentada foi a uma delegacia de Águas Lindas de Goiás para denunciar o caso. Na checagem de documentos, ela descobriu que tinha três mulheres registradas como filha dela. Quando morava no Maranhão, em 1981, a aposentada e o ex-marido se separaram. Ela tinha uma filha de 1 ano e 7 meses e estava grávida da segunda. Depois de menos de dois anos, mesmo sem se separar legalmente, o homem se casou. De acordo com a mulher, ela também não se preocupou em

“Um dia fui ao cartório e descobri que ele havia se casado usando outro nome, mesmo assim, não me importei, nunca imaginei que ia registrar a filha dele com outra mulher com a nossa certidão de casamento”, contou.

A aposentada disse ainda que só viu o ex-marido novamente em 1994, mas ele foi embora novamente. Pouco depois, ela ficou sabendo que o homem teve mais três filhas com a outra esposa.

Quando soube que tem outra filha registrada, a autora da ação tentou contado por rede social, mas não obteve retorno.

O defensor público William Abreu de Amorim Júnior diz acreditar que a filha nasceu em casa, pois ela seria registrada em nome da mãe se tivesse nascido em hospital.

“A gente acredita que ela tenha nascido em casa porque, se fosse no hospital, teria emitido declaração de nascido vivo, em que consta o nome da mãe. Assim, é impossível haver equívoco no nome da mãe, razão de as ações de negatória de maternidade serem extremamente raras”, explicou .

O processo pode demorar cerca de dois anos para ser concluído. “É um processo simples, mas como envolve a realização de exame de DNA, que é mais complexo, e a autora reside em Águas Lindas e a ré, em Goiânia, a citação é mais burocrática”, explicou o especialista.

O ex-marido e a ré não responderam às tentativas de contato. O Tribunal de Justiça de Goiás explicou que não pode dar informações, pois o processo corre em segredo de Justiça.