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18 de janeiro de 2017
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NASA indica provas que vida ressurgiu várias vezes na Terra

Imagem Reprodução

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Os estudos do grande evento de oxigenação, que se deu no passado remoto da Terra, indicaram que a vida poderia ter aparecido e extinguido várias vezes na história do nosso planeta, diz-se no artigo publicado pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos PNAS. “A consciência de que houve um período na história da Terra quando ela possuía o mesmo volume de oxigênio que hoje, enquanto a vida era totalmente diferente ou não existia, pode significar que a descoberta de oxigênio nos planetas distantes nem sempre indica presença de vida”, afirmou à PNAS Michael Kipp, pesquisador do Instituto de Astrobiologia da NASA, em Seattle (EUA). Segundo consideram os cientistas de hoje, em um passado remoto, a Terra tinha pouco em comum com o planeta, onde vivemos. Na atmosfera do planeta, além de não haver oxigênio, havia muito metano e amoníaco. Os reservatórios da época tinham aparecia de sopa grossa e fervente por sua temperatura e consistência, eram povoados pelas bactérias extremófilas extravagantes cujos vestígios foram encontrados por cientistas nas cidades mais antigas da Terra em forma de “colchões” fossilizados peculiares repletos de colônias de micróbios. Por enquanto, não se sabe quando é que a vida nasceu. Há provas contraditórias sobre a existência de vida na Terra no período entre 3,7 e 4 bilhões de anos atrás, ou seja, logo após a formação da Terra e da Lua e o fim do seu “bombardeamento” pelos grandes asteroides e cometas que trouxeram “os tijolinhos da vida” para nosso planeta. Kipp sugere a existência de vida antes mesmo do evento chamado pelos geólogos de a “. No período entre 2,4 e 3,32 bilhões de anos atrás, a concentração de oxigênio aumentou de modo drtástico, ou seja, de 0.0001% para 21% atuais.

A causa deste evento, segundo os cientistas contemporâneos, foram os organismos de fotossíntese (cianobactérias) que limparam a atmosfera do dióxido de carbono e o encheram com oxigênio.

Kipp e seus colegas conseguiram estudar detalhadamente este evento ao reparar que a compostura de dois isótopos de selênio — selênio-82 e selênio-78 — depende do volume do oxigênio existente no oceano ou em algum outro tipo de ambiente que também tenha combinações de selênio. Isto ajudou os cientistas a observar as flutuações de concentração do oxigênio no oceano pristino da Terra ao longo de todo o período da Catástrofe do Oxigênio. Profundezas da vida Estes dados, segundo Kipp, são extremamente importantes para entender se a vida primária (para a qual o oxigênio era considerado como substância venenosa) conseguiu sobreviver a catástrofe e se adaptar gradualmente ao O2, habitando em camadas profundas oceânicas com baixa concentração do oxigênio, ou não. Para obter tal tipo de dados, os autores do artigo recolheram 70 amostras das rochas mais antigas, constituídas pelas sedimentações de xisto que se formaram na Groenlândia, África do Sul e noutras partes do mundo há cerca de 2,3 e 2,1 bilhões de anos.

Tais medições revelaram um quadro muito interessante e inesperado — ao invés de um aumento drástico da concentração de oxigênio e sua redução gradual nos 200 milhões de anos, os cientistas viram que a concentração de oxigênio na atmosfera permaneceu alta ao longo de todo o período. Depois, ela caiu de modo brusco para quase zero, estagnando ao longo do próximo bilhão de anos. As causas disso, até agora, não foram estabelecidas.

Por outro lado, Kipp e seus colegas encontraram vestígios de que até no fim da catástrofe do oxigênio o oceano possuía zonas completamente sem oxigênio, onde a vida encontrava formas de driblá-las, adaptando-se a novas condições da época. Tal virada da catástrofe do oxigênio indica um uma hipótese interessante. Duzentos milhões da existência do oxigênio na atmosfera são eficientes para que a vida se adapte a sua presença e se “esqueça” como é viver sem ele. Deste modo, no momento em que o oxigênio sumiu, a vida pôde ter atingido a extinção juntamente com o elemento.

São várias as provas destas teorias — a descoberta de sedimentações “multicelulares” que se formaram no período entre 2,1 e 2,2 bilhões de anos atrás, restauração gradual da concentração de oxigênio na atmosfera que demorou um bilhão de anos, e uma série de outros fatores.

Por isso, segundo os pesquisadores, não é correto afirmar que, a existência de oxigênio nos planetas distantes, remeta à existência de vida em sua superfície. É muito provável que os habitantes extraterrestres tenham morrido há tanto tempo, que hoje em dia, não há vestígio algum.