O apoio do Brasil a Israel tem sido algo bastante discutido desde que o atual presidente, Jair Bolsonaro, manifestou o compromisso de transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, ainda durante a campanha eleitoral do ano passado. O que para muitos pode não passar de uma proposta meramente diplomática, no entanto, para a comunidade cristã e teólogos de todo o mundo possui um significado muito maior. Durante uma reunião com pelo menos 100 pastores de várias denominações evangélicas do Brasil nesta quinta-feira, o pastor americano John Hagee, que estava no evento, explicou o que significa apoiar a nação israelense. “Deus tem abençoado Trump por abençoar Israel. Nunca houve um presidente na história da América mais leal ao povo judeu do que Trump”, disse ele, exemplificando com isso o que deverá acontecer ao presidente Bolsonaro se ele continuar apoiando Israel. O encontro foi organizado pelo Conselho de Ministros Evangélicos, presido por Silas Malafaia, e teve a participação do presidente brasileiro, além do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o governador do Rio, Wilson Witzel. John Hagee é amigo pessoal do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e acompanha o país há décadas, tendo viajado mais de 40 vezes para lá. No encontro Hagee destacou como a nação judia é o centro do mundo, não apenas sob uma perspectiva teológica, mas também geopolítica. “Israel é o relógio de Deus”, disse ele, segundo o portal Guiame. “Quando o povo judeu esteve fora de Israel, o relógio parou. Quando eles voltaram para a terra, o relógio voltou a funcionar”. Com isso, Hagee quer dizer que todos os acontecimentos mundiais, no âmbito político e cultural, passam pelo que ocorre em Israel. Apoiar os israelenses, portanto, não seria apenas uma questão diplomática, mas de reconhecimento sobre o que Deus já fez e ainda fará para o mundo através dessa nação. “Israel não é uma nação para turismo ou política, mas Israel é de fato bíblico. Deus irá abençoar as nações que abençoarem Israel. A ‘menina dos olhos de Deus’ precisa da nossa ajuda, e a porta da benção de Deus está aberta para as nações e igrejas [que a abençoarem]”, conclui Hagee