-------- PUBLICIDADE --------
26 de dezembro de 2015
Sem categoria

O seu cachorro morreu? É possível ter um clone dele

Imagem Reprodução

Imagem Reprodução


O laboratório sul-coreano Sooam Biotech Research Foundation se especializou em clonar cachorros e cobra US$ 100 mil dólares por animal. A empresa já desenvolveu mais de 700 cachorros para seus clientes. A maior parte dos interessados são norte-americanos. De acordo com informações da Folha de S.Paulo, a técnica envolve inserir o DNA do animal doador em um óvulo canino que teve o seu núcleo removido. A divisão celular é estimulada por meio de choques elétricos, e então o óvulo é implantado em uma cadela “barriga de aluguel”. Laura Jacques e Richard Remde sairam do Reino Unido e foram até a Coreia do Sul. O casal foi buscar filhotes de cachorro que são frutos de uma clonagem do cão de estimação que eles tinham antes – e que havia morrido. Conta a publicação que os dois filhotes que o casal foi buscar na Coreia terão DNA idêntico ao de Dylan e provavelmente serão parecidos com ele tanto fisicamente como em, em boa medida, no comportamento. As amostras de DNA tinham sido extraídas de Dylan após ele morrer. A princípio, basta que as células utilizadas para fornecer o material genético ainda estejam saudáveis. Comportamento. A Folha ressalta que um animal clonado nunca vai ser exatamente Os pesquisadores explicam que o DNA nos cromossomos pode ser igual, mas os cães terão sido gestados em diferentes úteros, e nascerão em época e lugares diferentes, o que significa que terão experiências e criação de algum modo diferentes -e o ambiente, e não apenas a genética, também define a personalidade. Em relação à aparência, a tendência é que seja bastante parecida. Mas não é, definitivamente, o mesmo animal. Pesquisador. Woo-Suk Hwang é um dos principais pesquisadores do laboratório Sooam. Em 2004, o pesquisador liderou um grupo da Universidade de Seul que afirmou ter conseguido clonar embriões humanos em um tubo de ensaio – ele teria conseguido células -tronco clonadas, um grande feito. Mas uma revisão científica independente mostrou que não havia evidências que eles de fato tivessem feito isso, e em 2006 a revista “Science”, que havia publicado o artigo científico original, divulgou uma retratação. No entanto, está mesmo comprovado que Hwang foi o pioneiro na clonagem de cachorros -ele fez isso em 2005, quando nasceu um cãozinho chamado Snuppy. A ovelha Dolly nasceu em 1996. Porém, o trabalho comercial de Hwang com os cachorros recebe críticas. Helen Wallace, diretora do grupo britânico Genewatch, ONG que atua no campo de políticas públicas envolvendo engenharia genética, afirma que a clonagem de animais de estimação é preocupante. “Uma de nossas preocupações é que algumas empresas de clonagem possam estar explorando o luto de donos de animais”, diz ela. “Para nós, a clonagem de animais de estimação deveria ser banida. Não há justificativa para ela”. A Sociedade Protetora dos Animais da Grã-Bretanha também critica a clonagem de cachorros. Em nota, a organização disse que há “fortes preocupações éticas e de bem-estar” ligadas a esse tema, pois alguns estudos apontam evidências de que animais clonados sofrem mais frequentemente com tumores, pneumonias e outras doenças. David Kim é cientista na Sooam e destaca o laboratório atua com ética. “Nós temos inspetores independentes, tanto do governo quanto externos. E há procedimentos que seguimos. Nós não usamos a mesma cadela como barriga de aluguel mais de uma vez, por exemplo”.