A organização Me Too Brasil protocolou um pedido de acesso à informação no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidade, pasta que estava sob comando de Silvio Almeida, quem o instituto acolheu denúncias de assédio sexual, sobre a nota oficial divulgada pela o ministério após as acusações se tornarem pública.
O comunicado afirmava que a Me Too Brasil “esteve em negociação, em 2023, com as então gestoras da Coordenação-Geral do Disque 100, solicitando mudanças indevidas no formato da licitação vigente no MDHC” e que “foram feitas tentativas por parte da organização em dar contornos ao caráter licitatório do Disque 100, na intenção de atender aos seus interesses nas negociações.”
Em seu pedido de esclarecimento, segundo informações da coluna Lauro Jardim, do jornal O Globo, a ONG questiona por que as supostas irregularidades na licitação do Disque 100 só foram mencionadas após a exposição pública das denúncias contra Almeida. A instituição ainda cobra explicações sobre sua menção como “parte interessada” no processo.
Além disso, a ONG pede que a pasta explique, inclusive, o motivo da exoneração e da demissão das servidoras expostas na nota.