Os festejos do São João em Santo Antônio de Jesus devem receber 80 mil pessoas por noite na arena montada na Praça do Forró, durante os cinco dias (20 a 24 de junho), com atrações como Wesley Safadão e Simone e Simária. A gestão municipal afirma que o orçamento da festa está em R$ 4 milhões, mas a oposição alega que, pelos contratos assinados pela prefeitura, o custo pode chegar a quase R$ 10 milhões, segundo informações, a secretária de Cultura e Turismo da cidade, Denilce Côrtes, afirmou que o Governo do Estado, através da Bahiatursa, entra com um patrocÃnio de R$ 350 mil, a cervejaria patrocinadora com mais R$ 350 mil, de acordo com o Diário Oficial, uma cota pequena no comércio local e o municÃpio arca com 80 a 85% do valor, o que chegaria a R$ 3,4 milhões. Os gastos com cantores e bandas por parte do municÃpio chegam a R$ 2 milhões: R$ 450 mil serão pagos ao cantor Wesley Safadão. No entanto, de acordo com o vereador Chico de Dega (DEM), os valores são maiores que os divulgados, já que só com o contrato de palco e sonorização com a Pazini Som Luz e Festa Ltda foram gastos mais de R$ 7 milhões. A mesma empresa foi licitada na gestão passada para o mesmo serviço, com valor de quase R$ 800 mil. O ex-secretário de Cultura do municÃpio, Everaldo Ferreira Júnior, afirma que a prefeitura e a Pazini fizeram um “contrato guarda-chuva”, que faz com que a empresa fique responsável por qualquer tipo de contratação Esse processo é ilegal, pois impede que haja processo de licitação e que outras empresas participem”, afirmou o ex-secretário ao BNews.
Everaldo fez uma representação sobre irregularidades no Pregão presencial n. 011-2017 e no pregão Eletrônico n. 03-2018, realizados pela prefeitura, com o objetivo de contratação de empresa para a organização de eventos realizados ou apoiados pela gestão do municÃpio. No dia 6 de junho, foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a 5ª Promotoria da Comarca de Santo Antônio de Jesus e o prefeito Rogério Andrade (PSD), no qual a prefeitura se comprometeu a realizar os seus procedimentos licitatórios por item ou grupo e não mais por preço global.
O ex-secretário alega que, no TAC, o promotor cancelou os contratos firmados pela prefeitura com a Pazini. No entanto, a secretária de Cultura nega o cancelamento. “A estrutura já está montada, com o conhecimento do MP. O TAC realmente existe, mas não para cancelar, foi relativo ao preço praticado pela empresa”, disse Denilce.