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18 de junho de 2019
Bahia

Orçados em R$ 4 mi, festejos juninos em Santo Antônio de Jesus podem custar até R$ 10 mi

Foto Divulgação

Os festejos do São João em Santo Antônio de Jesus devem receber 80 mil pessoas por noite na arena montada na Praça do Forró, durante os cinco dias (20 a 24 de junho), com atrações como Wesley Safadão e Simone e Simária. A gestão municipal afirma que o orçamento da festa está em R$ 4 milhões, mas a oposição alega que, pelos contratos assinados pela prefeitura, o custo pode chegar a quase R$ 10 milhões, segundo informações, a secretária de Cultura e Turismo da cidade, Denilce Côrtes, afirmou que o Governo do Estado, através da Bahiatursa, entra com um patrocínio de R$ 350 mil, a cervejaria patrocinadora com mais R$ 350 mil, de acordo com o Diário Oficial, uma cota pequena no comércio local e o município arca com 80 a 85% do valor, o que chegaria a R$ 3,4 milhões. Os gastos com cantores e bandas por parte do município chegam a R$ 2 milhões: R$ 450 mil serão pagos ao cantor Wesley Safadão. No entanto, de acordo com o vereador Chico de Dega (DEM), os valores são maiores que os divulgados, já que só com o contrato de palco e sonorização com a Pazini Som Luz e Festa Ltda foram gastos mais de R$ 7 milhões. A mesma empresa foi licitada na gestão passada para o mesmo serviço, com valor de quase R$ 800 mil. O ex-secretário de Cultura do município, Everaldo Ferreira Júnior, afirma que a prefeitura e a Pazini fizeram um “contrato guarda-chuva”, que faz com que a empresa fique responsável por qualquer tipo de contratação Esse processo é ilegal, pois impede que haja processo de licitação e que outras empresas participem”, afirmou o ex-secretário ao BNews.

Everaldo fez uma representação sobre irregularidades no Pregão presencial n. 011-2017 e no pregão Eletrônico n. 03-2018, realizados pela prefeitura, com o objetivo de contratação de empresa para a organização de eventos realizados ou apoiados pela gestão do município. No dia 6 de junho, foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a 5ª Promotoria da Comarca de Santo Antônio de Jesus e o prefeito Rogério Andrade (PSD), no qual a prefeitura se comprometeu a realizar os seus procedimentos licitatórios por item ou grupo e não mais por preço global.

O ex-secretário alega que, no TAC, o promotor cancelou os contratos firmados pela prefeitura com a Pazini. No entanto, a secretária de Cultura nega o cancelamento. “A estrutura já está montada, com o conhecimento do MP. O TAC realmente existe, mas não para cancelar, foi relativo ao preço praticado pela empresa”, disse Denilce.