Em todo o mundo, mais de 215 milhões de cristãos sofrem perseguição, incluindo intimidação, violência, prisão e até a morte simplesmente por sua fé em Jesus Cristo. A missão Portas Abertas publicou um novo tipo de relatório, listando os 10 principais perseguidores do cristianismo. O material mostra que a hostilidade é particularmente intensa em algumas áreas “devido aos esforços de um sistema maior em destruir ou expulsar dos cristãos naquela região.” Metade dos 10 principais violadores dos direitos humanos são grupos terroristas muçulmanos, incluindo o Estado Islâmico, também conhecido como ISIS, o nigeriano Boko Haram. O objetivo da Portas Abertas ao compilar esta lista é lembrar que não são apenas governos que instituem a repressão, como faz a missão em seu conhecido ranking anual de perseguição. Também deseja ver os cristãos de todo o mundo orando especificamente pela difícil situação pelo que passam seus irmãos. Os critérios para a lista não são por ordem crescente de importância. A numeração serve apenas para distinguir um do outro.
Este são os 10 maiores perseguidores:
1- Estado Islâmicos (EI ou ISIS): Nos últimos anos, os ataques brutais e seletivos do Estado Islâmico levaram muitos cristãos a fugir de países como o Iraque, onde o cristianismo está presente há quase dois mil anos. Dez anos atrás, havia cerca de 1 milhão de cristãos vivendo no Iraque, com uma grande maioria da população vivendo em Mosul. Hoje, o EI foi quase totalmente expulso do Iraque e da Síria, mas constituiu células no sudeste da Ásia e norte da África.
2 – Al-Qaeda: Embora o grupo terrorista Al-Qaeda não esteja mais aparecendo nas notícias, continua lutando contra as comunidades cristãs em países do Oriente Médio. Em países como o Iêmen, onde os cristãos convertidos ao Islã estão especialmente em risco, já que suas próprias comunidades os tratam como marginalizados. Ayman al-Zawahiri, considerado o sucessor de Osama Bin Laden é o atual líder da Al-Qaeda e ele não poupa esforço para combater os “infiéis” (não islâmicos), patrocinando intensa perseguição contra eles.
3 – Kim Jong-Un: O líder norte-coreano Kim Jong Un reuniu-se com o presidente Donald Trump em uma cúpula em Cingapura no início do mês passado onde negociou um acordo sobre a desnuclearização da região e um acordo de paz. Mesmo assim, não divulgou qualquer mudança em sua política de “tolerância zero” contra cristãos. Na Coreia do Norte, oração pública, encontros de igreja e a simples posse de uma Bíblia podem resultar em prisão. Acredita-se que entre 50.000 e 70.000 cristãos estão sofrendo em campos de trabalhos forçados naquele país.
4 – Nacionalistas hindus: Embora o governo da Índia negue, os grupos nacionalistas hindus perseguem os cristãos sistematicamente. Seu objetivo anunciado é “tornar a Índia uma nação totalmente hindu até o ano 2021″, o que significaria acabar com as outras manifestações religiosas no país. O movimento nacionalista utiliza a questão religiosa como um elemento fundamental no estabelecimento de uma “identidade indiana”. A associação Rashtriya Swayamsevak Sangh e o partido político Bharatiya Janata, por exemplo, criou uma guerra cultural, onde os cristãos são considerados traidores da pátria. Isso justificaria sua expulsão das aldeias, serem espancados e presos por acreditar em Jesus, negando as deidades hindus.
5 – Al-Shabaab: O grupo terrorista al-Shabaab é, em muitos aspectos, um braço da Al Qaeda na África Oriental. Eles aterrorizaram a Somália na última década e recentemente passaram a realizar ataques no país vizinho, o Quênia. Seus membros defendem que o país deveria submeter-se à lei da Sharia, que prevê a morte de qualquer um que não se identifique como muçulmano.
6 – Boko Haram: O grupo terrorista Boko Haram cuja crença é que “qualquer tipo de influência ocidental é pecado, especialmente o cristianismo” opera na Nigéria. Em 2015 ganharam atenção mundial após o sequestro de 200 alunas cristãs de uma escola. Até hoje muitas delas não voltaram para casa. O Boko Haram realiza com regularidade ataques, bombardeios e assassinatos contra o que considera ser influência do Ocidente, especialmente igrejas e escolas. Eles já executaram líderes cristãos influentes e dizem estar em guerra com o governo nigeriano, que por sua vez não toma iniciativas para acabar com a ação dos terroristas.
7 – Jihadistas da etnia fulani: Os membros da etnia fulani, de maioria muçulmana, vivem em vários lugares no nordeste da Nigéria. Eles são seminômades e geralmente cuidam de gado. Porém, na Nigéria eles possuem um perfil similar ao Boko Haram. O Índice Global de Terrorismo passou a considerá-los uma organização terrorista desde 2014. De acordo com o levantamento do Índice, os fulani são responsáveis por cerca de 60.000 mortes desde 2001. Como atual principalmente em lugares afastados, no interior da selva, muitas veze seus atos terroristas são pouco divulgados. Segundo alguns líderes cristãos da Nigéria, se a escalada de ataques continuar no mesmo ritmo, até 2043 o país mais populoso da África poderá não ter mais uma população cristã.
8 – Islamismo Radical: A opressão dos islâmicos radicais continua a se espalhar pelo mundo. Seu objetivo é conhecido: submeter a população à lei Sharia. Esse movimento é multifacetado e difícil de ser combatido, uma vez que existe desde o surgimento do Islã, no século 8. Muitas vezes as incitações ao ódio contra os “infiéis” resulta na perseguição sistemática dos cristãos. Está em expansão na Ásia – Filipinas, Bangladesh, Indonésia – e no norte da África – Egito, Nigéria e Somália.
9 – Cartéis de Drogas: Os cartéis de drogas na Colômbia e no México também representam um perigo para os cristãos. Há vários registros de que eles visam os cristãos, principalmente os pastores, nos países onde atuam. “Uma alma ganha para Jesus é uma alma perdida para eles”, explica um pastor colombiano, “os traficantes sabem disso.” Os líderes dos cartéis de drogas sabem que o cristianismo é a maior ameaça ao seu estilo de vida.
10 – Satanás, o maior inimigo: Embora possa parecer estranho para muitas pessoas, em Efésios 6 lemos que nossa guerra não é física, mas espiritual. Por trás de todas as atrocidades listadas acima está Satanás, que vagueia por este mundo “como um leão que ruge”. A oração contra a ação do inimigo é uma de nossas principais armas messe embate. Não podemos ignorar que o conflito do reino das trevas contra a Igreja é milenar, mas os cristãos têm a promessa da vitória.