O senador Otto Alencar, presidente do PSD da Bahia, não escondeu a decepção com a declaração do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, quanto aos supostos “problemas técnicos” que impediram o Banco do Brasil a repassar o empréstimo de R$ 600 milhões ao governo estadual. Desde o início deste processo Otto tem afirmado que o presidente Michel Temer (PMDB) não liberou os recursos em atendimento a uma exigência do DEM da Bahia. Embora Meirelles seja do mesmo PSD do senador baiano, Otto afirma que em verdade o ministro é da cota do presidente. “É filiado ao PSD, mas é de Temer. Como é que pode estar irregular (o empréstimo) se o presidente do Banco do Brasil Paulo Caffarelli assinou, o superintendente na Bahia assinou, publicou no Diário Oficial? O ministro está mal informado”, sentenciou. Para Otto, o caso está mais do que elucidado. “Não existe pendência nenhuma. O governo está adimplente. A procuradoria do Banco do Brasil deu parecer favorável. O que existe é uma decisão do presidente (Temer) em obediência e subserviência ao Democratas. Ele esteve na Comissão de Assuntos Econômicos e eu perguntei as razões e ele (Meirelles) não quis ou não soube me responder”. Previdência — Otto Alencar diz ainda que Temer acaba de se render ao presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM) ao nomear o deputado Alexandre Baldy para o ministério das Cidades por indicação do demista do Rio do Janeiro. Baldy sairá do Podemos e ingressará nas fileiras do PP. Os progressistas, maior partido em representatividade no Congresso do chamado Centrão, ficou satisfeito com a indicação e movimentação partidária. No que se refere à reforma da previdência, o senador e líder de legenda afirma que todos os cinco deputados federais da bancada pessedista na Câmara votarão contra a medida proposta pelo governo e que “se passar na Câmara, eu vou lutar, encaminhar e a gente vai derrubar no Senado”.