O Palmeiras estreia no Mundial de Clubes da Fifa, neste domingo (7), contra o Tigres, do México, depois de conquistar o bicampeonato da Copa Libertadores no fim de janeiro e garantir quase R$ 130 milhões em premiação no torneio sul-americano.
Além do prêmio de cerca de R$ 27 milhões que a Fifa dá ao vencedor da competição no Catar, o Palmeiras inicia nesta semifinal contra os mexicanos uma busca por um título mundial incontestável, já que a conquista da Copa Rio de 1951 – tida por muitos torcedores palmeirenses e pelo clube como o primeiro mundial do alviverde – não é reconhecida oficialmente em conselho pela entidade máxima do futebol e, por isso, se tornou alvo de brincadeiras dos adversários.
Apesar de valer o título de melhor clube do mundo no ano, no aspecto financeiro o torneio organizado pela Fifa é menos interessante até mesmo do que competições nacionais, como o Campeonato Brasileiro. Desde 2019 o Mundial de Clubes paga a seu campeão o valor de US$ 5 milhões (cerca de R$ 26,7 milhões). Já o vice recebe um pouco menos, US$ 4 milhões (aproximadamente R$ 21,4 milhões).
Como já entra na competição nas semifinais, o Palmeiras tem garantido o quarto lugar da competição – no caso de perder as duas partidas que disputará. Nesse cenário, o clube voltaria ao Brasil com US$ 2 milhões em seus cofres (cerca de R$ 10,7 milhões). Isso significa que, no melhor cenário possível no Mundial – o título -, o Verdão receberá praticamente a mesma quantia que já garantiu apenas por ser finalista da Copa do Brasil.
O Palmeiras disputará o título do torneio nacional contra o Grêmio em partidas marcadas para os dias 28 de fevereiro, em Porto Alegre, e 7 de março, em São Paulo. Por ter chegado até a última etapa da Copa do Brasil, o Palmeiras já recebeu R$ 22 milhões da premiação destinada ao vice-campeão da competição. Se derrotar a equipe gaúcha, receberá mais R$ 32 milhões da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), totalizando R$ 54 milhões em prêmios pela competição.
Além disso, em 2020, na retomada do futebol após a paralisação por causa da pandemia de Covid-19, o Palmeiras conquistou também o Campeonato Paulista. Pelo triunfo em cima do rival Corinthians, o clube recebeu R$ 5 milhões da Federação Paulista de Futebol (FPF). Por fim, o Verdão ainda disputa o Campeonato Brasileiro de 2020, que oferece uma premiação escalonada de acordo com a posição final de cada clube.
O Palmeiras ainda fará mais cinco partidas no campeonato, cuja conclusão está marcada para o dia 25 deste mês. Atualmente na sexta colocação, o time alviverde embolsaria R$ 24,7 milhões se o Brasileirão fosse encerrado hoje. Como está 13 pontos atrás do líder, Internacional – que só fará mais quatro jogos –, o Verdão ainda tem chances matemáticas de conquistar o campeonato. Nesse cenário, a premiação chegaria a R$ 33 milhões.
Além das premiações recebidas na temporada 2020/21 dos organizadores dos campeonatos, o contrato do Palmeiras com a Crefisa, sua principal patrocinadora, também prevê o pagamento de uma série de bônus de acordo com as conquistas. As vitórias no Paulista e na Libertadores já renderam ao clube, respectivamente, R$ 4 milhões e R$ 12 milhões.
E a patrocinadora pode pagar outros R$ 6 milhões caso o clube vença a Copa do Brasil e R$ 6 milhões pelo título no Mundial de Clubes. Estudo divulgado em novembro pela Pluri Consultoria, especializada nos setores de Esportes e Entretenimento, apontou que o Palmeiras teve a terceira maior receita entre os clubes brasileiros entre 2010 e 2019, com R$ 3,55 bilhões, atrás de Flamengo (R$ 4,15 bilhões) e Corinthians (3,57 bilhões).
O alviverde, porém, foi o clube brasileiro que mais arrecadou entre 2010 e 2019 em relação ao MatchDay, que representa as ações em dias de jogos e é composto pelo valor arrecadado com bilheteria e sócio-torcedor: R$ 782,5 milhões.
Ao se considerar apenas os números de 2019, os mais recentes disponíveis, o Palmeiras foi o segundo clube que mais arrecadou: R$ 641,9 milhões. Esse ranking também é liderado por Flamengo, que acumulou receitas de R$ 950,4 milhões no período.
Os dados foram compilados a partir dos balanços dos clubes.