O casamento real do príncipe Harry e da atriz Meghan Markle em Londres esta manhã foi transmitido para praticamente todo o mundo. Centenas de milhões de pessoas assistiram a cerimônia, que vem recebendo grande atenção da mídia nos últimos dias. Na capela do Castelo de Windsor, onde vive a realeza britânica, em meio a toda pompa que caracteriza esse tipo de evento, a figura do Bispo Michael Curry chamou a atenção. Vários jornais estão destacando como ele “destoava” da imagem tradicional de pastores anglicanos. Curry é norte-americano e teria sido escolha de Markle, que queria um negro para oficiar o seu casamento. Seja como for, em uma sociedade cada vez menos cristã como a do Reino Unido – onde menos de 10% dos cidadãos frequentam a igreja com regularidade – as palavras do pastor anglicano tiveram grande repercussão. Logo no início, foi lido o capítulo 8 de Cântico dos Cânticos, que falava sobre o amor que não acaba. Em seguida, o bispo passou a falar do amor de Deus como a “força mais poderosa do mundo”. Também lembrou a passagem de Mateus 22:37,38 onde Jesus explicou a um fariseu sobre o resumo da lei do Antigo Testamento: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento”. “Jesus de Nazaré ensinou-nos que o caminho do amor é o caminho para um relacionamento real com o Deus que criou todos nós, e o caminho para o verdadeiro relacionamento uns com os outros,
O oficiante convidou os noivos e a todos que o ouviam a participar do que foi iniciado há dois mil anos atrás. Citando o erudito Charles Marsh, declarou ainda que “Jesus fundou o movimento mais revolucionário da história da humanidade, construído sobre o amor incondicional de Deus pelo mundo e o mandamento para vivermos esse amor”. Em outro trecho do sermão, assegurou: “Fomos feitos por um amor poderoso, e nossas vidas foram feitas para serem vividas nesse amor”. Curry afirmou ainda que: “Se você não sabe pregar como Pedro, nem orar como Paulo, ainda assim pode falar do amor de Jesus e como ele morreu para nos salvar a todos nós”. O jornal secular Daily Mail classificou a fala do bispo anglicano de “desafiadora”, enquanto o site evangélico Christian Today classificou como “legítima pregação do evangelho para todo o mundo”.