10 de fevereiro de 2016
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Em cenário nada favorável, a Petrobras tenta se desfazer de negócios na Argentina, mas não obteve sucesso até agora. Há mais de dois anos a estatal está lutando. De acordo com a Folha de S. Paulo, alguns envolvidos no processo foram ouvidos pela BBC e indicaram quatro fatores determinantes para a tarefa ser tão difÃcil: o ambiente polÃtico e econômico no Brasil, investigações da Lava Jato (esquema bilionário de corrupção), diversidade dos ativos na Argentina e a queda no preço internacional do petróleo. Os negócios no paÃs vizinho são amplos. Estão incluÃdos a extração de petróleo e gás, área petroquÃmica, geração de eletricidade e postos de gasolina e alguns mais. Devido a esta diversidade é que a operação torna-se complexa. Uma pessoa ligada à s negóciações ainda afirmou que a tentativa da Petrobras de vender o “pacote” de ativos para um só comprador poderia ser outro complicador. Segundo Mariano Lamothe, analista econômico da consultoria Abeceb, a distorção deve ser eliminada pelo governo Mauricio Macri, fazendo com que o preço local passe a obedecer a lógica do mercado.
“A volatilidade do mercado petrolÃfero, com a queda no preço do barril (que há cerca de dois anos era cotado a US$ 110, mas hoje está na casa dos US$ 30), deixou o setor menos atrativo para o investidor”, afirma Lamothe. Até o momento, a única candidata à compra da Petrobras Argentina é a Pampa Energia, empresa que atua no setor de energia elétrica. Segundo informações da imprensa local, a companhia teria oferecido US$ 1,2 bilhão (R$ 4,69 bilhões) pelos ativos da estatal brasileira. “Sabemos que o estilo da Petrobras não é de negociar e vender rapidamente. E ainda mais agora com o ambiente polÃtico e econômico do Brasil e o petrolão. Nossa oferta foi feita em dezembro e já sabÃamos que a venda não seria concluÃda antes de março, pelo menos. Não é uma negociação simples”, declarou uma pessoa ligada à empresa argentina.