Cristiana Prestes Taddeo, empresária envolvida na fraude da compra dos respiradores em sua delação premiada, relatou que a Polícia Civil da Bahia intencionalmente deixou de mencionar o nome do ex-governador, Rui Costa (PT), nos depoimentos que ela prestou sobre as fraudes no contrato de R$ 48 milhões. As informações são do UOL.
O governador Rui Costa durante seu mandato ordenou a abertura de um inquérito pela Polícia Civil sobre a aquisição dos equipamentos, que nunca foram entregues. Este é um dos argumentos utilizados pela defesa de Rui, para negar qualquer envolvimento com o negócio que causou prejuízos ao erário.
A empresária relatou que afirmou que os delegados encarregados da investigação na Bahia se recusaram a incluir as referências ao governador nos termos de seu depoimento. A empresa recebeu os recursos mas não entregou os respiradores. Cristina alegou ter mencionado o nome de Rui Costa “três ou quatro vezes”.
“Todas as vezes que eu mencionei o governador Rui Costa, os delegados que estavam me entrevistando minimizaram a sua participação dizendo que ele não tinha nenhuma culpa; que essas respostas se repetiram e, em algumas oportunidades, de forma agressiva; que então eu percebi que eles estavam protegendo o governador”, disse a delatora.
Cristina prestou depoimento após ser presa temporariamente pela Polícia Civil da Bahia em junho de 2020, sendo depois solta a após cinco dias.