Quatro pessoas morreram nos arredores do Capitólio, o Congresso dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (6) – embora não esteja confirmado se todas eram manifestantes contra o resultado eleitoral. Outras 52 foram presas por incidentes violentos, segundo balanço divulgado pelo chefe do Departamento de PolÃcia Metropolitana de Washington, Robert J. Contee.
Mais cedo, já havia sido divulgada a morte de uma mulher baleada. Ela chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no inÃcio da noite.
O chefe da PolÃcia de Washington divulgou três outras mortes durante a noite da quarta-feira, mas não especificou se essas pessoas eram manifestantes.
“Uma mulher adulta e dois homens adultos parecem ter sofrido de emergências médicas diferentes, que resultaram em suas mortes. Qualquer perda de vida no Distrito é trágica e nossos pensamentos estão com qualquer pessoa impactada por sua perda “, disse ele.
Os serviços de Bombeiros e Emergências Médicas do estado transportaram pessoas para hospitais da área com ferimentos que variavam de parada cardÃaca a múltiplas fraturas após a queda de um andaime na frente oeste do edifÃcio do Capitólio. No entanto, as autoridades municipais não disseram se alguma dessas pessoas morreu.
Na tarde desta quarta-feira, o Congresso dos Estados Unidos suspendeu a contagem de votos do Colégio Eleitoral, que deve confirmar vitória de Joe Biden e Kamala Harris como presidente e vice-presidente dos Estados Unidos, respectivamente.
Sob forte policiamento, os procedimentos foram retomados durante a noite pelo vice-presidente dos EUA, Mike Pence, que também é o presidente do Senado.
Ao reiniciar a contagem, o vice de Trump condenou os ataques e afirmou que o Congresso “retorna no mesmo dia para defender a Constituição”.
Mais cedo, Pence se recusou a seguir as vontades de Donald Trump. O vice era a última esperança do presidente de impedir a certificação da vitória da chapa Biden-Harris.
Mike Pence disse que o Capitólio viveu um “dia sombrio” e afirmou que vai respeitar o rito, cumprindo as obrigações constitucionais.
Os protestos desta tarde foram estimulados por Trump e alguns aliados. O republicano não reconhece a derrota nas urnas e, sem apresentar provas, aponta uma suposta fraude eleitoral.
Apesar das declarações e de dezenas de ações, nenhum dos pedidos dele para desacreditar os resultados das eleições foi aceito pela Justiça norte-americana. Com informações de Sarah N. Lynch e Heather Timmons, da Reuters