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21 de setembro de 2022
Internacional

Presidente da Rússia ordena mobilização de soldados e faz ameaça com arma nuclear 

Por Washington Tiago

Em pronunciamento pré-gravado na TV nesta manhã (madrugada no Brasil), o presidente da Rússia, Vladimir Putin declarou que está disposto ao uso armas nucleares contra os EUA e aliados que apoiam Kiev.

O russo determinou pela primeira vez a mobilização de até 300 mil reservistas para lutar na Guerra da Ucrânia. De acordo o presidente, a Rússia enfrenta 1.000 km de linhas de frente contra o Ocidente na Ucrânia —uma referência ao fato de que os EUA e aliados forneceram bilhões de dólares em armas e inteligência a Kiev.

“Na sua política agressiva antirrussa, o Ocidente cruzou todas as linhas. Chantagem nuclear tem sido usada, e não estamos falando apenas do bombardeio da usina de Zaporíjia. Mas também de pronunciamentos de altos representantes da Otan sobre a possibilidade de usarem armas de destruição em massa contra a Rússia”, afirmou o líder.  

O presidente russo fez questão de reafirmar que quando a integridade de seu país é ameaçada, irá usar todos os meios à nossa disposição para proteger a Rússia. “Eu gostaria de relembrar eles que nosso país também tem vários meios de destruição, e em alguns casos eles são mais modernos do que aqueles de países da Otan. Isto não é um blefe”.

Quase 90% das armas nucleares são da Rússia (47%) e dos EUA (42%). Parte das bombas nucleares americanas estão instaladas em bases militares de Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda e Turquia. Desde 2018, cinco países aumentaram a quantidade de armas nucleares em estoques militares: Rússia, China, Índia, Israel e Paquistão.

O levantamento foi feito pela FAS (Federação de Cientistas Americanos, na sigla em inglês). O número não inclui armamentos em processo de desativação. Dos cinco, Rússia e China (assim como EUA, França e Reino Unido) assinaram o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.