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27 de maio de 2019
Brasil

Professor proíbe aluno de frequentar aula por defender Bolsonaro

Foto: Reprodução

Um aluno, de 12 anos, foi proibido pelo professor de uma escola municipal de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) de frequentar as aulas, depois de ter defendido o presidente Jair Bolsonaro em um debate em sala de aula. A denúncia contra o professor de história foi feita pelo pai do aluno, que registrou boletim de ocorrência. Segundo o pai do estudante, o fato ocorreu na última quinta-feira (23), por volta das 16 horas no Centro Municipal de Educação Inclusiva (Cemei), Eduardo Romuldo de Souza, que fica na zona oeste da cidade. Apesar de não ter sido localizado, nas redes sociais o professor afirma já ter trabalhado para o Partido dos Trabalhadores. “Meu filho estava conversando com uma colega de sala sobre o governo do Bolsonaro. A menina disse que o Brasil era melhor na época do PT e meu filho disse que o presidente acabou de assumir e não tinha culpa pela situação do país. O professor ouviu, se aproximou e, falando com a amiga do meu filho, disse para que ela mandasse meu filho calar a boca”, relatou o pai do aluno ao UOL. Após ter conversado com os dois alunos sobre o assunto, o professor teria dado continuidade ao debate dentro de sala de aula, perguntando aos outros estudantes se eles concordavam com a opinião da menina, de que o Brasil era melhor na época do PT. “Depois da enquete, ele disse ao meu filho que, só por citar o nome do Bolsonaro ele estava proibido de assistir as próximas aulas dele”, contou o pai. Ele informou que entregou pessoalmente o boletim de ocorrência para o secretário de Educação da cidade, Felipe Miguel. Em resposta, a direção da escola informou que “serão tomadas as providências para que o aluno tenha seus direitos preservados”, A Secretaria de Educação de Ribeirão, por sua vez, informou que “a pasta já iniciou, junto à unidade escolar, a apuração da denúncia realizada pelo aluno”. Secretaria também defende que “a escola seja um espaço aberto ao diálogo, à pluralidade e ao respeito às individualidades. Dessa forma, a secretaria de Educação procederá para que esse e outros conflitos sejam abordados, considerando esses pilares da democracia”. O pai do aluno disse esperar que o professor “seja afastado das suas funções. E que vá para Cuba ou Venezuela”. A ligação do educador com o PT também inclui o trabalho de assessor do ex-ministro petista Antonio Palocci Filho, na Assembleia Estadual de São Paulo, na década de 1990.