Nesta quinta-feira, 19 de setembro, os professores do municÃpio de Correntina realizaram uma paralisação para cobrar do prefeito Maguila o reconhecimento dos direitos dos servidores da educação, que vêm sendo desrespeitados pela gestão pública municipal. A atual administração se recusa a valorizar o trabalho dos educadores, comprometendo a qualidade da educação no municÃpio.
O prefeito Maguila tem demonstrado um comportamento autoritário, desconsiderando as necessidades tanto dos professores quanto dos alunos. A situação da educação pública em Correntina está crÃtica, quase como se estivesse na UTI, especialmente em um ano eleitoral. Os educadores, responsáveis pela formação de jovens e crianças, têm enfrentado anos de desrespeito por parte da gestão municipal.
Atualmente, a dÃvida do prefeito com os professores gira em torno de 12 milhões de reais, o que representa um atraso de 30 a 35 mil reais para cada educador. Em 2022 e 2023, a categoria não recebeu o reajuste do piso salarial. Para 2024, após intensas negociações, o prefeito Nilson José Rodrigues Maguila prometeu pagar a integralidade do piso em quatro parcelas. A categoria aceitou essa proposta na esperança de evitar uma greve e acreditando na boa-fé do prefeito. No entanto, ao chegar o momento de assinar o acordo, ele recuou e não cumpriu sua palavra.
Além dos retroativos do piso salarial, o prefeito também deve o adicional de insalubridade aos profissionais de apoio que atuam em ambientes insalubres. Desde 2018, esses trabalhadores têm direito garantido por lei e ainda assim não receberam o que lhes é devido. O prefeito prometeu realizar esse pagamento, mas até agora não cumpriu.
Diante dessa situação, os educadores estão perdendo a confiança nas promessas do prefeito. A falta de compromisso dele apenas alimenta o descontentamento da categoria. Se necessário, os professores estão dispostos a entrar em greve para reivindicar seus direitos. É importante ressaltar que muitas vezes se fala que os professores recebem altos salários — uma afirmação distante da realidade — pois essa luta é essencial para garantir uma educação de qualidade que respeite e valorize seus trabalhadores.
Evanete de Araújo Teles**, presidenta do SINDTEC (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do MunicÃpio de Correntina-BA), enfatiza: “Uma educação de qualidade começa respeitando seus trabalhadores.”