O setor de provedores de internet está preocupado com iniciativas tomadas por alguns governos estaduais e municipais que podem, segundo eles, estimular o não pagamento de contas, fragilizar as empresas de pequeno porte e gerar riscos de apagão.
Os provedores regionais afirmam que o serviço de banda larga e internet é prestado por empresas privadas, sendo a maioria de pequenos provedores, espalhados em todos os municÃpios e atendendo a um número expressivo da população brasileira.
As operadoras de telecomunicações assumiram compromisso público junto à Anatel, para tratar com atenção especial as famÃlias mais carentes, pequenos comércios, órgãos públicos e outros setores essenciais a fim de que não fiquem desassistidos, sem acesso à internet nesse perÃodo de quarentena. Mas alertam que se a inadimplência for estimulada, sem riscos de cortes, os provedores regionais não terão fôlego financeiro para continuar o fornecimento.
Logo no inÃcio da pandemia os provedores baianos, através da Associação dos Provedores Regionais -Probahia, se colocaram à disposição do governo estadual para participar das ações estratégicas de contenção do vÃrus, garantindo acesso gratuito à internet em hospitais e postos de campanha instalados provisoriamente na capital e no interior.
O presidente da entidade, Othon Santana, informou que pelo menos um provedor de internet de pequeno porte atua em cada um dos municÃpios, com capacidade para prover a comunicação entre postos, municÃpios e estado. Segundo o diretor do sindicato da categoria, Seinesba, Alonso Oliveira, o segmento gera 42 mil empregos na Bahia, mão de obra mantida mesmo com o isolamento social. “Não houve desemprego em nosso setor”, garantiu Alonso.
Segundo dados da Anatel, os pequenos provedores de internet encerraram o ano de 2019 como os principais fornecedores de banda larga fixa no Brasil. São 9,88 milhões de conexões realizadas, representando um aumento de 32,5% em relação ao ano de 2018.