O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) disse, na noite desta segunda-feira (11), em entrevista ao PolíticaPod, o podcast do Política Livre, que desejar ter novamente o PP como parceiro político nas eleições de 2026. Ele considerou natural que os pepistas negociem espaços no governo Jerônimo Rodrigues (PT), e lembrou que, no pleito de 2022, quando foi candidato ao Palácio de Ondina, a legenda também estava dividida.
“O PP, quando me apoiou em 22, veio em parte, não veio todo. Vieram alguns deputados, alguns prefeitos, lideranças, mas não veio o partido todo. Agora na eleição de 2024, aconteceu a mesma coisa. Eu quero primeiro renovar a minha confiança e disposição de ter o PP como parceiro e estarmos juntos para construir 2026”, disse Neto.
O ex-prefeito afirmou que vai dialogar com o presidente do PP na Bahia, o deputado federal Mário Negromonte Júnior, e com os demais integrantes da bancada da sigla no Congresso Nacional, formada ainda pelos deputados João Leão e Cláudio Cajado – Neto Carletto já está de saída para o Avante. Ele reforçou ainda a interlocução com lideranças como o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), cotado pelo próprio Neto como um player importante para 2026.
“O PP a nível nacional é muito próximo do União Brasil. Temos parcerias em vários lugares do país e também no plano federal. Isso acho que vai ter um peso aqui. Não que vá decidir, pois o que vai decidir é a dinâmica na Bahia. Mas esse alinhamento vai contribuir para reforçar esse diálogo nosso, penso”, frisou ACM Neto.
“Não posso impedir que o PP converse com o governador, que faça acordo de ocupação no Estado. O que posso dizer, e eles próprios reconhecem isso, é que cumpri 100% dos compromissos que fiz com o PP em 2022. Tudo foi devidamente honrado. Os votos para federal, estadual, o espaço que foi dado na disputa majoritária. E tenho amigos lá dentro que desejam que caminhemos juntos”, acrescentou o ex-prefeito.
Na semana passada, Jerônimo também disse ao Política Livre que deseja ter o PP como aliado, desde que haja a adesão formal da Executiva estadual do partido à base governista, mesmo que haja uma divisão interna na agremiação (*clique aqui para ler). O governador deve ofertar nas próximas semanas um espaço aos pepistas no primeiro escalão da gestão.