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21 de janeiro de 2017
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Rui Costa nomeia ex-ministro Jaques Wagner secretário de estado

FOTO BRUMADO ACONTECE

FOTO BRUMADO ACONTECE

O ex-ministro e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, e outros quatro foram nomeados como novos secretários do governador do estado, Rui Costa (PT), em uma minirreforma publicada no Diário Oficial deste sábado (21)
Jaque Wagner, que em novembro de 2016 já tinha sido nomeado pelo governador como coordenador executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia (Codes), estrutura vinculada à Secretaria de Relações Institucionais (Serin), agora ganha status de secretário ao assumir a pasta do Desenvolvimento Econômico (SDE).
Houve mudanças também em outras pastas. Na Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), deixa o cargo Carlos Martins e assume Fernando Torres. Manoel Mendonça deixa a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e o cargo será assumido por Vivaldo Mendonça. Na Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), deixa o cargo Álvaro Gomes e entra Olívia Santana, que será substituída na Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) por Julieta Palmeira. A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) também terá um novo gestor, que substituirá o atual, Eugênio Spengler, e terá o nome anunciado nos próximos dias. A Conder, empresa vinculada à Sedur, terá um novo presidente: Abal Magalhães, que assume o cargo no lugar de José Lúcio Machado. Jorge Hereda, que foi substituído por Jaques Wagner na SDE, assume a BahiaInvest. Antes de ser nomeado coordenador executivo da Codes na Bahia, em novembro de 2016, Jaques Wagner não assumia cargos de governo desde maio do mesmo ano, quando a então presidente Dilma Rousseff foi afastada interinamente da Presidência após a abertura de processo de impeachment. Na época, Jaques Wagner era chefe de gabinete da presidente e. No governo Dilma Rousseff, Jaques Wagner foi ministro da Defesa (2014) e da Casa Civil (2015), como também chefe de gabinete da presidente (2016). No governo Lula, foi ministro do Trabalho (2003) e de Relações Institucionais (2005/6), além de ter chefiado o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (2004). Além disso, foi governador da Bahia por dois mandatos consecutivos (2007-2014) e deputado federal por três mandatos.
Lava Jato
Em junho de 2016, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o envio de um pedido de abertura de inquérito para o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, para investigar Jaques Wagner.
O pedido de investigação apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou ao Supremo por meio de um processo oculto (alto grau de sigilo). O despacho afimava que Janot pediu a abertura de inquérito “em razão de fatos possivelmente ilícitos relacionados a Jaques Wagner”. A decisão de Celso de Mello, entretanto, não detalhava quais suspeitas pesavam sobre Jaques Wagner, apenas afirma que o pedido tinha relação com a Lava Jato.
Jaques Wagner foi citado na delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O delator afirmou nos depoimentos que o ex-chefe da Casa Civil recebeu, em 2006, ano em que concorreu pela primeira vez ao governo da Bahia, recursos desviados da Petrobras.