6 de janeiro de 2016
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Foto: Conquista Acontece
O governador Rui Costa (PT) disse hoje que não tem como elevar os recursos para o Carnaval de Salvador ou de qualquer outro município baiano, ao comentar a decisão do prefeito ACM Neto (DEM) de estender em mais dois dias o período da festa na capital baiana. Rui afirmou que, por causa da crise, o orçamento destinado pelo Estado para o Carnaval deste ano será o mesmo investido em 2015 e deixou claro não ter gostado do fato de ACM Neto ter ampliado a festa sem combinar antes com o governo. Ele declarou já ter antecipado sua posição com relação aos recursos ao próprio prefeito, disse que sua equipe já se reuniu com a de ACM Neto para tratar do assunto e informou que amanhã os dois grupos devem voltar a se reunir para fazer um balanço da festa. “Eu não tenho condições de aumentar (os recursos).
O orçamento será o mesmo do ano passado, apenas acrescido do impacto do reajuste dos servidores”, afirmou em entrevista logo após ter participado do evento de posse da nova mesa diretora do TCE. No evento, ele foi condecorado com a medalha Jorge Calmon, das mãos do presidente empossado do TCE, o conselheiro Inaldo da Paixão. Segundo o governador, só na área de segurança, incluindo aí bombeiros, foram gastos no ano passado com o Carnaval em todo o Estado R$ 36 milhões, valor que será elevado para R$ 42 milhões este ano, por causa da elevação salarial das categorias de militares e bombeiros que provocará um impacto na remuneração de quem trabalhar. No total, o governo investirá na festa em todo o Estado o equivalente a R$ 90 milhões. O governador também criticou a elevação de gastos com o aumento de dias e a realização da festa em mais bairros de Salvador num momento de crise, alegando que nem de contingente policial o Estado dispõe para fazer frente às iniciativas da Prefeitura de Salvador. “Acho que na crise a gente deveria estar encurtando e não aumentando despesas, por mais importante que seja a festa. A festa significa sempre muita despesa e nós precisamos cuidar da festa da saúde, da festa da educação, da festa das estradas, enfim tem muita coisa para cuidar”, disse. Ele disse esperar que novos “desencontros não aconteçam mais e que Prefeitura e governo do Estado possam conversar antes sobre este pontos. “Uma festa que é feita conjuntamente, acho que os anúncios para esta festa têm que ser primeiro combinados entre os poderes, não pode um só anunciar, a não ser que a Prefeitura queira bancar com a Guarda Municipal a segurança do Carnaval em algumas localidades. É uma opção também. Podem criar mais 10, inclusive, porque a Polícia Militar tem um limite (de policiais), nós não temos o número ideal”, disse.