A polícia israelense autorizou a cerimônia judaica envolvendo o abate de um cordeiro pascal a menos de 100 metros do local onde ficava o Templo. Os ativistas do Instituto do Templo vêm fazendo o sacrifício há mais de dez anos em Jerusalém, mas nunca haviam recebido permissão para fazê-lo na entrada do local mais sagrado do judaísmo. Em 2015, a morte do cordeiro pascal foi realizada no pátio de uma escola, no bairro de Kiryat Moshe, a cerca de quatro quilômetros do Monte do Templo. No ano seguinte, a cerimônia aconteceu no Monte das Oliveiras, distando 1,5 km do Monte do Templo. No ano passado, foi realizada na praça da sinagoga Hurva, no bairro judeu da Cidade Velha, a cerca de 400 metros do Monte. Este ano a cerimônia está programada para ocorrer na entrada do Davidson Center, no Parque Arqueológico de Jerusalém, localizado ao lado do Muro das Lamentações. A expectativa é que o sacrifício ritual do cordeiro atraia centenas de pessoas. Após ele ser morto, seu sangue será derramado por sacerdotes junto a um altar e sua carne será queimada, obedecendo o que diz a lei de Moisés (Torá). De acordo com os representantes do Instituto do Templo, que luta pela construção do Terceiro Templo, o sacrifício da Páscoa é o mais importante da Torá. No entanto, deixam claro que a cerimônia não é a mesma estabelecida na lei religiosa, que só poderia ser celebrada no Monte do Templo na véspera da Páscoa.