A escassez de ingredientes no mercado devido à paralisação dos caminhoneiros fez com que muitas baianas de acarajé não montassem os tabuleiros nas ruas de Salvador nesta semana. A cebola é item raro no comércio e chega a ser vendida por R$ 150 a saca. O ingrediente é fundamental para a fabricação do bolinho – para cada cinco quilos de massa, é necessário um quilo de cebola. “Sem cebola não tem acarajé. E com o preço alto, muitas baianas não estão indo trabalhar”, afirma Rita Santos, presidente da Abam, associação que representa a categoria. O tomate, usado na vinagrete que acompanha o bolinho, também está escasso, sendo vendido por até R$ 100 a caixa. A insuficiência na oferta de gás de cozinha também é uma dificuldade enfrentada pelas baianas, que chegam a utilizar dez botijões em apenas um mês.