25 de agosto de 2016
Sem categoria
Imagem Reprodução
Apesar de não ser reconhecida por seus parceiros como presidente do Mercosul, a Venezuela realizou nesta quarta-feira (24) uma suposta reunião do bloco em Montevidéu. Participaram do encontro no edifÃcio-sede do Mercosul apenas os representantes da BolÃvia (que ainda não é um membro pleno e, portanto, não tem direito a voto) e do Uruguai, que continua sem se posicionar em relação à possibilidade de uma liderança colegiada para o grupo. Na terça (23), Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai haviam se reunido para discutir o comando do Mercosul, mas não chegaram a um consenso por causa da indefinição de Montevidéu. Sem a presença dos membros-fundadores do bloco e os ignorando, o representante venezuelano, Héctor Constant, afirmou que a prioridade deste semestre será consolidar a atuação do Mercosul na área social. O Instituto Social do Mercosul, responsável por esse trabalho, tem sede no Paraguai, justamente o paÃs com posição mais dura em relação à Venezuela. Caracas ainda disponibilizou no site de sua Chancelaria uma agenda de atividades até dezembro -cabe ao presidente do bloco convocar as reuniões e realizá-las em seu território. Cerca de 190 encontros estão com data definida até dezembro.Â
Como já ocorreu nesta quarta, Brasil, Argentina e Paraguai não deverão comparecer, e decisões não poderão ser tomadas sem o voto dos paÃses-membros. O impasse no Mercosul ocorre porque esses três paÃses se opõem ao comando de Nicolás Maduro. A justificativa oficial é que Caracas não se adequou à s regras de adesão. A Presidência do Mercosul, entretanto, caberia à Venezuela devido ao sistema de rotação, no qual a liderança muda a cada seis meses seguindo a ordem alfabética. O Uruguai, que presidiu no primeiro semestre deste ano, deu por encerrado seu perÃodo à frente do bloco em julho. A Argentina, apoiada por Brasil e Paraguai, sugeriu que o comando até dezembro seja feito de forma compartilhada pelos membros, mas o Uruguai ainda não tomou uma decisão em relação à proposta. Na prática, o problema deve paralisar as negociações internas e externas do grupo.