Ala do PSD quer lançar o senador Otto Alencar (BA) na disputa para o lugar de Rodrigo Pacheco (MG) na presidência do Senado.
Nesse cenário, o deputado estadual Antônio Brito (BA) não concorreria à cadeira de Arthur Lira (PP-AL) porque dificilmente os partidos do bloco aceitariam dois candidatos do PSD, um para a Câmara e outro para o Senado.
O presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, porém, defende o nome de Brito para concorrer à presidência da Câmara, em fevereiro de 2025, com apoio do MDB, entre outros partidos de centro e centro-direita.
Questionado pelo Estadão, Otto Alencar desconversou sobre a operação casada sugerida por aliados para emplacar seu nome. “Eu não estou me movimentando para nada”, disse ele. ”Muita água ainda vai rolar embaixo dessa ponte.”
Alencar pode ter o apoio do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT). Ele foi vice-governador durante a gestão de Wagner na Bahia e os dois são amigos até hoje. O discurso oficial, no entanto, é o de que o Palácio do Planalto não interfere em assuntos relativos à Câmara e ao Senado.
Do outro lado do Congresso, no Salão Azul, falta combinar o jogo com Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que está à frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e tentará retornar à presidência do Senado, em 2025. Houve até quem sugerisse a filiação de Alcolumbre ao MDB. Mas quem ocupa o primeiro lugar na fila emedebista é o senador Renan Calheiros (AL).
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apoia Alcolumbre, com quem há anos faz uma dobradinha na condução da Casa.